tag:blogger.com,1999:blog-39628913507098892272024-03-14T00:57:15.008-07:00O AnticamaradaLuiz Fernando Vazhttp://www.blogger.com/profile/17810908188873222767noreply@blogger.comBlogger47125tag:blogger.com,1999:blog-3962891350709889227.post-20012373725145964482016-03-26T11:18:00.000-07:002016-03-27T07:21:12.947-07:00"Prometheus" - Ridley Scott rindo da ciência moderna<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<a href="https://4.bp.blogspot.com/-vHf7ngRIY-4/VvbQ30ottGI/AAAAAAAACBw/aXRv8irI1kkHg0RttySLqUI2iReEP8nGQ/s1600/prometheus8.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="167" src="https://4.bp.blogspot.com/-vHf7ngRIY-4/VvbQ30ottGI/AAAAAAAACBw/aXRv8irI1kkHg0RttySLqUI2iReEP8nGQ/s400/prometheus8.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
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"Prometheus"decepcionou muitos fãs daquele universo "Alien" imortalizado no cinema pelo talento de Ridley Scott para a ficção científica espacial. Bobagem. Só decepcionou aqueles que esperavam mais do entretenimento fácil, repleto de explicações demais, com ação de videogame, que é o feijão-com-arroz da Hollywood de hoje. Ninguém quase esperou um filme denso, filosófico, cheio de referências externas, de premissas misteriosas tão cheias de imaginação. </div>
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<br /></div>
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O 'prequel' de "Alien, o Oitavo Passageiro" é uma virada no universo Alien, muito mais místico e aberto a possibilidades; menos niilista, sem deixar de continuar insólito, cético, escatológico, irônico e sádico, com palavras e imagens aterrorizantes.</div>
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<br /></div>
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Em 2093, a nave "Prometheus" vai a um planeta distante na esperança de contatar uma inteligência extraterrestre que possa explicar a origem da vida na Terra, trazendo a bordo uma tripulação de cientistas patrocinados por um magnata moribundo (Weyland). Acompanham a missão dos navegadores a filha de Weyland (Vickers, interpretada pela magnética Charlize Theron) e David, um andróide que o magnata trata como seu filho predileto.</div>
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<br /></div>
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O filme começa com belas imagens da Terra primordial. Um ET extremamente VIRIL se sacrifica às margens de um rio e desencadeia uma versão poética para a teoria da panspermia: a teoria de que a vida na Terra veio do espaço. Seu corpo se desfaz, e seu DNA é incorporado ao meio ambiente, dando início a criação da Vida. Se o Engenheiro - como são chamado esses seres ao longo da trama - fizeram isso "por amor", não sabemos. Talvez tenha sido apenas colonização, investimento obscuro de uma civilização obscura. Ou como é dito logo mais no filme: "porque eles podiam".<br />
<br />
Adiante.</div>
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<br /></div>
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<u>COMEÇA O SPOILER: ASSISTA AO FILME PARA MELHOR USUFRUTO DA RESENHA.</u></div>
<br />
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<b>1 - David, o menino que quer ser gente</b></div>
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<br /></div>
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Dois anos separam a Terra desse mundo distante nas estrelas. A tripulação em animação suspensa é assistida neste intervalo pelo robô-andróide David (Michael Fassbender, um dos maiores atores de sua geração). Enquanto acessa as memórias e sonhos de toda a tripulação através das esquifes que monitoram a saúde e o sono dos tripulantes, David ouve música clássica, acessa a internet e parece assistir a TODOS os filmes da cinematografia existente. Numa das cenas, imita os gestos de Lawrence da Arábia com perfeição. Claro, que logo ele se torna o mais humano de todos na nave. E também o mais perigoso. Uma mistura de Hal-9000 com Pinóquio, e ares de charme perturbador.</div>
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<br /></div>
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<b>2 - A tripulação</b></div>
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<br /></div>
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<span style="font-family: inherit;">Compõe a tripulação um time de cientistas, geólogos, médicos e arqueólogos, como o casal <span style="background-color: white; color: #252525; font-size: 14px; line-height: 22.4px;">Elizabeth Shaw e Charlie Holloway</span>- os descobridores do planeta distante que logo chamaram a atenção do magnata Weyland para o planejamento e execução de uma viagem rumo ao encontro dos "Engenheiros" da ração humana.</span></div>
<span style="font-family: inherit;"><br /></span>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Vickers é a Diretora da Missão, estando ali para garantir o investimento de Weyland.</span></div>
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<br /></div>
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E ao contrário do Alien de 1979, apenas três operários e alguns mercenários. Um empreendimento entretanto mais científico, bem diferente da "Nostromo" da tenente Ripley, cuja função era de ser um cargueiro de minério espacial.</div>
<br />
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Na reunião, após a hibernação traumática de dois anos, eles são informados de que o motivo de estarem ali é para provar a existência da origem da vida na Terra e encontrar o "Criador". Mesmo patrocinados pela Weyland Corporation, todos dão risada daquela suposta loucura patrocinada com milhões. Exceto David, que já formula no seu íntimo sua agenda pessoal secreta.</div>
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<br /></div>
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<b>3 - Os Engenheiros</b></div>
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<br /></div>
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Logo a lua do gigante gasoso LV 223 é explorada, e acham uma estrutura construída por algo inteligente. Deslumbrados pelo novo mundo, fazem uma descoberta empolgante atrás da outra, desvendando uma espécie de depósito ou base. Os ETS Engenheiros então são vistos em uma reprodução holográfica dos seus últimos momentos naquele lugar: foram exterminados por uma força desconhecida, algum acidente biológico. David explora o lugar com mais intimidade que o resto da tripulação, levando amostras, desvendando hieróglifos, abrindo portas. Com menos medo também por ser um andróide sem alma. Ali aconteceu um holocausto. Uma cabeça de Engenheiro é levada e é feita a descoberta tão esperada nos laboratórios da "Prometheus: somos descendentes dos tais Engenheiros. Enquanto isso, dois cientistas imbecis se perdem na pirâmide e sofrem terrivelmente os horrores daquelas criaturas insólitas que lembram serpentes, aranhas, órgãos sexuais devoradores de gente e vermes pré-históricos.</div>
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<br /></div>
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<b>4 - A experiência de David - que despreza a Humanidade - e os padecimentos do casal Shaw</b></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
O casal representa dois tipos de cientistas: Charlie é a mente fechada ao Transcendente, com respostas fáceis, tipo "a vida é banal no Universo"; Elizabeth (a deslumbrante Noomi Rapace, ô menina linda!), rebate: "Mas eu não dou a Vida". Shaw sofre por não engravidar. Charlie se conforma com ter descoberto os Criadores da raça humana; mas ela rebate: "Mas quem os criou?"</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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David - que não dorme nunca - conhece a natureza humana dos tripulantes o suficiente para prever reações e movimentos. Então infectou antes Charlie Holloway com a substância dos cilindros da estrutura Alien, com o casal fazendo sexo após a cena nupcial filosófica. A cena anterior é cheia de significados elucidativos.</div>
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<br /></div>
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O andróide embebeda Charlie usando o copo para contaminá-lo com a substância negra. Simulando intimidade e descontração, protagoniza o diálogo que define os planos de David: </div>
<div style="text-align: justify;">
- "Por que vocês nos criaram?"</div>
<div style="text-align: justify;">
- "Porque nós podíamos."</div>
<div style="text-align: justify;">
- "Você pode imaginar o quanto seria decepcionante se você escutasse essa mesma resposta do seu Criador?"</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="text-align: justify;">David o contamina com gosto, e por tabela a doutora Shaw também. Seu subtexto certamente seria: "Ah, é seu humano desprezível filha da puta? Vou levar você ao seu Criador e mostrar a você como eu me sinto. Sem amor e sem sentido. Vou mostrar que você não passa de um robozinho desalmado também. Com um leve diferença, é claro: sou mais aperfeiçoado. Enquanto você é só um macaco tocado pelos deuses."</span><br />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eis a agenda secreta de David: substituir os humanos e até mesmo o seu criador. Essa agenda secreta o leva até a Câmara do Engenheiro, onde descobre dominar a tecnologia deles com facilidade. O menino feito de pau agora acredita ser Deus ele próprio. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
"Grandes coisas tem pequenos começos".</div>
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<br /></div>
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<b>5 - A virada da Missão</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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Sucessão das tragédias. Charlie adoece. Vickers o mata alegando protocolo de descontaminação. Shaw vai pra enfermaria onde David já a espera para dar a ela a Boa Nova: "Você está grávida!". Shaw não confia no andróide e exige retirar o alien do seu ventre, não sem que antes David retire a Cruz do seu peito e revele o quanto sabe sobre ela e sua relação com o pai católico que morreu "abandonado por Deus". David é mau e sádico. Um Pinóquio sinistro. Uma tecnologia a serviço de uma força de aniquilação maligna como Hal-9000. Sob um manto de charme. "Para criar, às vezes, algo deve ser primeiro destruído". Shaw foge. Se vira nos 30 retirando a criatura bizarra do ventre por conta própria, trancando a coisa no módulo de Vickers. Cambaleante descobre a verdade da missão: o magnata Weyland estava o tempo todo ali, em criogenia, caindo aos pedaços, sequioso do encontro com os Engenheiros, se preparando para o seu próprio milagre de ser salvo da morte. Weyland é o Prometheus que quer roubar o fogo dos deuses, alcançando a imortalidade, arrogante, não aceitando nada mais nem menos do que ser um deus ele também.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Shaw descobre que não é a única a buscar um sentido para a existência humana ali naquela nave. Descobre que também está ali para roubar o fogo dos deuses.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
- "Onde está a sua Fé?"</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Descobrimos no final dessa virada a verdade: Vickers é filha de Weyland. Ele busca o Pai, mas nunca amou a Filha. E fez dela uma criatura ainda mais desumana que David, o andróide. Pobre humanidade.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>6 - Hora da verdade (ou não?)</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Um cientista volta como monstro-alien e faz o diabo na nave. "A razão produzindo monstros". Cai a ficha de que todo aquele lugar é uma nave que serve de base para os Engenheiros que perderam o controle de suas armas biológicas para uma destruição da vida espalhada pelo Universo por eles próprios. Isso deixa Shaw chocada. Janek, o comandante-piloto da Missão partilha de sua preocupação com o destino da Terra com a chegada dessa arma biológica (que são os aliens da série "Oitavo Passageiro"). </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Shaw compõe o séquito de Weyland que vai conversar com o Engenheiro remanescente escondido por David. David jura dominar a situação. Shaw interroga o Engenheiro exigindo respostas para a destruição da Criação. David é decapitado, como um boneco. Weyland e seu séquito são todos mortos. Em cena poética, o Criador e seu Filho agonizam um lado do outro contemplando a falta de sentido, a crueldade de um deus ofendido sem um pingo de amor. Shaw escapa a tempo de implorar a Janek para que não deixe a nave alienígena partir, pois iria para a Terra. É atendida pelos nobres peões da Missão. Tal sacrifício jamais seria feito por nenhum dos outros tripulantes, todos cientistas egoístas e imediatistas, inseguros e medrosos. Vickers, que não é diferente, indiferente à Humanidade tanto quanto David, se não ainda mais, corre da nave dos súbitos mártires, em vão, perecendo sob o peso da desconhecida e insólita nave que lembra um monstro abissal lovercraftiano, destruído pelo sacrificio humano.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>7 - A doutora Shaw, a mística de Damon Lindelof que enfrenta o universo niilista de Ridley Scott</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
David está humilde agora. Ou simplesmente deseja continuar a sua agenda. Sua jornada para dentro do ventre da baleia foi em vão. Decide ajudar Shaw que está em crise espiritual, sem forças para levantar. David dá a solução: pode dominar a tecnologia das outras naves. Shaw reage e vai até o módulo de Vickers para se salvar da morte sem oxigênio. Lá encontra o seu "filho" e é seguida pelo Engenheiro, avisada por David na última hora. O Engenheiro é consumido pela criatura insólita. A criatura devora o seu Criador.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Shaw negocia ajudar David em troca da Cruz do seu Pai. David se alia a ela na busca para compreender o porquê da decisão dos Engenheiros em destruir a Criação em todo o Universo. Mulher e serpente de língua bifurcada juntos novamente em busca da Árvore do Conhecimento. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Nasce o Mal, uma criatura que gerará a destruição encarnada, um demônio da escuridão do espaço. Mas também nasce o bem da busca pelo Sentido em uma mulher e em um andróide.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>8 - "Prometheus" inverte o Universo Alien</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Nessa nova "timeline" (que também é prequel e spin-off), Ridley inverte duas premissas básicas desse universo:</div>
<div style="text-align: justify;">
- a saga dessa vez vem da Terra para o Desconhecido; ao contrário da saga da Tenente Ripley, que vem do Desconhecido à Terra;</div>
<span style="text-align: justify;">- a criação agora revela-se masculina - portanto, judaico-cristã - expressa claramente na virilidade dos ET's gigantes, na relação de Shaw com o pai, com o Pai da sua religião (narração dizendo "ano 2093 - ano de Nosso Senhor"), e na relação de Vicker e David com seu pai Weyland.</span><br />
<div style="text-align: justify;">
<br />
<u>CONCLUSÃO</u></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<b style="text-align: justify;">9 - Ridley ri da ciência moderna novamente e aponta a Ciência Verdadeira</b><br />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ridley, no Universo Alien, ridiculariza o otimismo da corrida espacial. Diz, em 1979, para a humanidade deslumbrada que lá na escuridão do espaço pode ter apenas morte e destruição, não civilizações coloridas e nem batalhas de Jedis e doutores Spocks amiguinhos dos homens. Agora ele o humilha dizendo que pode perder a cabeça como David e quebrar a cara na presença dos deuses como Weyland. Mas não está tão niilista assim. Elege a doutora Shaw como a síntese da verdadeira Ciência que pode nos trazer verdadeiro sentido e respostas, que foi responsável pelos avanços verdadeiros do conhecimento humano de todas as épocas, a despeito da arrogância da ilusão moderna e "iluminada": uma síntese de Fé e de Razão.<br />
<br />
***<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://4.bp.blogspot.com/-nNfNH2Bh6Wo/VvfsFnCAERI/AAAAAAAACCA/nQx1oPoBZTkMKVRanG5kGebM5GNYDoQqw/s1600/prometheus_and_god_by_dejano23-d56r8kq.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="253" src="https://4.bp.blogspot.com/-nNfNH2Bh6Wo/VvfsFnCAERI/AAAAAAAACCA/nQx1oPoBZTkMKVRanG5kGebM5GNYDoQqw/s400/prometheus_and_god_by_dejano23-d56r8kq.jpg" width="400" /></a></div>
<br /></div>
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<br />
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
.</div>
Luiz Fernando Vazhttp://www.blogger.com/profile/17810908188873222767noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3962891350709889227.post-3185189693672324562016-01-09T12:50:00.000-08:002016-01-09T12:51:24.069-08:00Entrevista com corretor de redação do Enem 2015<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-Dtar9P42B5c/VpFx7K12FAI/AAAAAAAAB2c/0TBQmso1pFI/s1600/12509101_1647828122149175_5758711295831269108_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="http://3.bp.blogspot.com/-Dtar9P42B5c/VpFx7K12FAI/AAAAAAAAB2c/0TBQmso1pFI/s320/12509101_1647828122149175_5758711295831269108_n.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;">
<span style="font-family: inherit;"><br /><br /><span style="background-color: white;">O tema escolhido para a redação
do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2015 deixou feministas e esquerdistas em
êxtase:<a href="http://g1.globo.com/educacao/enem/2015/noticia/2015/10/enem-2015-traz-violencia-contra-mulher-no-brasil-no-tema-da-redacao.html"> “A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira”</a>.
Em outubro do ano passado, a escolha gerou uma onda de comemorações nas redes
sociais, com direito a provocações como <i>“Machistas não passarão!”</i>, além de
esgares de felicidade pela suposta revolução feminista que finalmente teria
chegado ao domínio da dispendiosa prova realizada pelo MEC.<br />
<br />
Mas a alegria durou pouco. Como pode ser conferido <a href="https://www.facebook.com/anticamaradavaz/videos/1647748852157102/">aqui</a>.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;">
<span style="background-color: white; font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;">
<span style="background-color: white; font-family: inherit;">Para o desespero de milhares de estudantes que juravam estar diante da oportunidade
de se dar bem sendo politicamente corretos, os corretores do INEP demonstraram
um surpreendente zelo pela correção das provas por critérios eminentemente
técnicos. Nas palavras do entrevistado “O problema não é tanto o tema, mas o
desconhecimento ou conhecimento muito parcial de gramática, sintaxe e estilística”.
O resultado foi um festival de notas baixas que estão deixando as redes sociais
em polvorosa, com feministas reclamando que tiveram suas provas “corrigidas por
machistas”, entre outras demonstrações da quase total falência de escrúpulos
promovida por uma educação falida. <a href="https://www.facebook.com/anticamaradavaz/posts/1647766138822040">Difícil não rir e chorar ao mesmo tempo.</a></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;">
<span style="background-color: white; font-family: inherit;">
<br />
Confira abaixo a entrevista com um dos corretores da redação. A identidade do entrevistado
foi preservada para que este não sofra represálias, muito menos perseguição de
feministas ensandecidas por confundirem dissertação com “textão no Facebook”. <br />
<br />
***<br /><b>
LFV</b>: as redações eram mesmo sofríveis?<br /><b>
Corretor</b>: As sofríveis eram a média. Muitas coisas ilegíveis.<br />
<br /><b>
LFV</b>: Tipo "nóis vamus capá o pintu dos homi"?<br /><b>
Corretor</b>: Essa tomaria um zero. Não pode atentar contra os direitos humanos. Mas
tem coisa desse naipe, sim.<br />
<br /><b>
LFV</b>: Muito textão tipo facebook?<br /><b>
Corretor</b>: Sim, muito lixo. Acharam que só o tema valeria a redação. Continuam
escrevendo feito cavalos.<br />
<br /><b>
LFV</b>: Bem, o tema era violência contra mulher e foi confundido com
"feminismo". Em base foi isso? Essa confusão por si tira nota?<br /><b>
Corretor</b>: Sim, isso deu muito problema. No entanto, não era a fuga ao tema em
si. Era um "desvio de rota", apenas. Os estudantes tiram notas ruins
no Enem porque não sabem escrever, independentemente do tema. O problema não é
tanto o tema, mas o desconhecimento ou conhecimento muito parcial de gramática,
sintaxe e estilística. Conhecimentos mínimos, diga-se, não queremos nenhum 'Machado
de Assis'.<br />
<br /><b>
LFV</b>: Os corretores são bem técnicos mesmo?<br /><b>
Corretor</b>: São. O Ministério que, às vezes, muda as regras no meio da correção.<br />
<br /><b>
LFV</b>: Mas teve aquele caso do <a href="http://educacao.uol.com.br/noticias/2013/03/19/candidato-escreve-receita-de-miojo-na-redacao-do-enem-2012-e-tira-nota-560.htm">“Miojo”</a> e do <a href="http://g1.globo.com/rn/rio-grande-do-norte/noticia/2015/01/candidato-inclui-hino-do-flamengo-na-redacao-do-enem-e-tira-nota-660.html">hino de time de futebol</a>...<br /><b>
Corretor</b>: Existia uma diretriz no
Inep que dizia que se houvesse texto desconectado (que são esses casos), a
redação deveria ser considerada com o desconto do número de linhas
correspondentes. Aí deu aquela polêmica com a revista Veja, mas era uma
diretriz do Inep, ou seja, quem a corrigiu não agiu errado. No ano seguinte, o
trecho desconectado passou a anular a redação. Acho que foi em 2012 para 2013
esse caso, daí a regra mudou. Existe uma seriedade na correção. E até um
excessivo zelo, mas que vira palha de acordo com as vontades do governo. Por
exemplo, as redações não são corrigidas por uma pessoa apenas. São duas, de
pontos diferentes do país, escolhidas pelo sistema. As notas têm de bater
dentro de uma margem de tolerância. Se não batem, vão pra terceira banca, ou
seja, entra um terceiro corretor. E as notas, acredite, deveriam ser ainda mais
baixas, na casa de uns 20% menos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;">
<span style="background-color: white; font-family: inherit;"><br /></span></div>
<span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: white;"><b>LFV</b>:
Então o MEC pressiona pra dar uma colher de chá pra molecada?<br /><b>
Corretor</b>: O MEC em si não, mas o próprio Inep, que é o responsável pelo exame.
No fim do treinamento de dois meses, você acaba entendendo que é para dar uma
"aliviada". Isso já vem "embutido" no treinamento. Acho que
até rola uma "rivalidade" entre MEC e Inep. O Inep querendo mostrar
que é "fodão", essas coisas.<br />
<br /><b>
LFV</b>: Que dica você dá para o estudante não se ferrar na redação do enem?<br /><b>
Corretor</b>: Que siga o tema proposto, usando o arcabouço de conhecimento que ele
tem, atentando-se à estrutura do texto (dissertativo-argumentativa) e proponha
a "solução" que é exigida (a ausência da "proposta de
intervenção” tira nota). Olho com o básico de sintaxe e ortografia. Não é muita
coisa; é que a educação brasileira está em coma. A redação do Enem não é tão
exigente; o nível do alunado que é péssimo. </span>
</span>
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--></span>Luiz Fernando Vazhttp://www.blogger.com/profile/17810908188873222767noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3962891350709889227.post-10289451335968099262015-07-23T12:16:00.002-07:002016-01-09T12:55:46.193-08:00Lênin e Stalindo<span style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.3199996948242px;">Lênin e Stalin após experimentarem o beijo gay:</span><br />
<span style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.3199996948242px;">- E aí?</span><br />
<span style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.3199996948242px;">- Aí o quê?</span><br />
<span style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.3199996948242px;">- O que você achou?</span><br />
<span style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.3199996948242px;">- Esquisito, mas revolucionário...</span><span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #141823; display: inline; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.3199996948242px;"><br />- Um pouco de rebeldia contra a família tradicional é até...<br />- Interessante...<br />- Creio que se o mundo ocidental aderir a essa prática rotineiramente...<br />- Hum?<br />- ...deu pra sentir a revolta contra a realidade?<br />- Forçosamente...<br />- Vamos experimentar mais uma vez então...<br />- Burguês. Achei burguês. BURGUÊS.<br />Lenin estanca, inconformado.<br />- Ce acha mesmo isso, Stalindo?<br />- Como disse, companheiro?!<br />- Nada... Ali não é o Trotski dando risada da gente?<br />- O próprio.<br />...<br />- Stalin?<br />- Diga, Lenin?<br />- Eu... Sabe, é que...<br />- Tudo bem. Vou mandar eliminar Trotski.<br />- Delicia. Você é um fofo."</span>Luiz Fernando Vazhttp://www.blogger.com/profile/17810908188873222767noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3962891350709889227.post-79951634981032636902015-06-15T14:25:00.000-07:002015-06-15T14:25:30.023-07:00Garschagen em Belém do Pará e bloqueio no Facebook (sim, de novo!)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-jQ84-jbwffQ/VX87OSRUtVI/AAAAAAAAByM/YtwxdEKQ1vQ/s1600/Bruno%2BGarschagen%2B1.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="275" src="http://4.bp.blogspot.com/-jQ84-jbwffQ/VX87OSRUtVI/AAAAAAAAByM/YtwxdEKQ1vQ/s320/Bruno%2BGarschagen%2B1.jpeg" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-ngkGkMuh9nY/VX9AQh5q2iI/AAAAAAAAByc/SjiucWVfWKk/s1600/Anu%25CC%2581ncio%2Bdo%2Blivro.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://1.bp.blogspot.com/-ngkGkMuh9nY/VX9AQh5q2iI/AAAAAAAAByc/SjiucWVfWKk/s320/Anu%25CC%2581ncio%2Bdo%2Blivro.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-2lU318KMBBw/VX9A_dukGUI/AAAAAAAAByk/-eCi75Ce3pM/s1600/IMG-20150611-WA0073.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://4.bp.blogspot.com/-2lU318KMBBw/VX9A_dukGUI/AAAAAAAAByk/-eCi75Ce3pM/s320/IMG-20150611-WA0073.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Fui bloqueado na rede social do Zuckerberg, o novo amigo de infância de Dilma Rousseff. Sim, mais uma vez! E como sempre por comentários ditos "homofóbicos". Desta vez fiz uma piada sobre eu ter sido discriminado na loja do Boticário e chamado de "baitola". É isso mesmo: ser "baitola" é bonito, mas contar que foi chamado de "baitola" é ofensivo. Nem as aspas me salvaram. Trinta dias sem poder curtir, comentar ou compartilhar o que quer seja. Censura orwelliana, pura e simplesmente.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Tudo isso 24 horas após compartilhar oficialmente no meu perfil a palestra e o lançamento do livro <b><i>"</i></b></span><span style="background-color: white; color: #141823; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 19.3199996948242px;"><b><i>Pare de Acreditar no Governo - Por que os brasileiros não confiam nos políticos e amam o Estado"</i></b>, do Bruno Garschagen. Coincidência ou não, o bloqueio prejudica a divulgação deste evento que vem sendo planejado com muito empenho por <a href="https://www.facebook.com/pages/Reaja-Par%C3%A1/1460948187536677?fref=ts">um grupo de paraenses muito aguerridos e especiais.</a> Esperamos que seja um evento inesquecível para que assim possamos mostrar que Belém merece estar na rota dos grandes lançamentos liberais-conservadores do Brasil. O primeiro de muitos que queremos realizar, seja trazendo lançamentos de livros ou palestras. Sim, tem reaçada na Floresta! E somos cada vez mais!!!<br /><br />E não vamos nos intimidar. Nem parar. Nem retroceder.<br /><br />***</span></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><div style="text-align: justify;">
<span style="color: #141823; line-height: 19.3199996948242px;"><br /></span></div>
<span style="background-color: white; color: #141823; line-height: 19.3199996948242px;"><div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 19.3199996948242px;">Aproveito o espaço para convidar a todos:</span></div>
</span></span><span style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; line-height: 19.3199996948242px;"><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; line-height: 19.3199996948242px;"><b>PALESTRA - 07 de JULHO de 2015, às 19h, no Espaço da Padaria Caramelada (Brás de Aguiar, 842-B, ao lado do Spazzio Verdi - Nazaré)</b></span></div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; line-height: 19.3199996948242px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
<b>LANÇAMENTO/ NOITE DE AUTÓGRAFOS - 08 de JULHO de 2015, às 18h30, na Livraria da Fox (Doutor Moraes, 584 - Nazaré)</b></div>
<div class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #141823; display: inline; font-family: helvetica, arial, sans-serif; line-height: 19.3199996948242px;">
<div style="margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
<b>Sobre a obra e o autor, leia mais em: <a href="http://www.brunogarschagen.com/" rel="nofollow" style="color: #3b5998; cursor: pointer; text-decoration: none;" target="_blank">http://www.brunogarschagen.com</a><br /><br />Entrada franca!!!</b></div>
</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #141823; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 19.3199996948242px;"><br /></span></div>
<div style="color: #141823; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 19.3199996948242px; text-align: justify;">
<br /></div>
Luiz Fernando Vazhttp://www.blogger.com/profile/17810908188873222767noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3962891350709889227.post-77018217682895403742015-06-10T18:34:00.003-07:002015-06-10T18:37:02.281-07:00Ordem e sentido em J.R.R. Tolkien e George R.R. Martin.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-6TGEX42aRxw/VXiLG4oNWlI/AAAAAAAABx0/AbaQrb4FafE/s1600/11401134_955577507797269_1788412293116848798_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="http://4.bp.blogspot.com/-6TGEX42aRxw/VXiLG4oNWlI/AAAAAAAABx0/AbaQrb4FafE/s400/11401134_955577507797269_1788412293116848798_n.jpg" width="400" /></a></div>
<span style="background-color: white;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="color: #141823; font-size: 14px; line-height: 19.3199996948242px;"><br /></span></span></span>
<span style="background-color: white;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="color: #141823; font-size: 14px; line-height: 19.3199996948242px;"><br /></span></span></span>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="color: #141823; font-size: 14px; line-height: 19.3199996948242px;">Escrevi algo semelhante sobre GoT depois que assisti a segunda temporada. Deixei de assistir, mas até onde acompanhei senti o mesmo tédio ao ler sobre a Idade Média em autores marxistas. Como nos livros, vi na série (pelo menos até ali) apenas uma maçaroca ininterrupta de fatos aleatórios sem um fio condutor, tal como o identificado por Voegelin como "o sentido da história". Reitero: não sei se essa "Ordem" é desvelada por trás do caos com o decorrer das temporadas. Não aguentei esperar. O que senti foi exatamente o que o </span><a class="profileLink" data-hovercard="/ajax/hovercard/user.php?id=100000350874089" href="https://www.facebook.com/taiguara.fernandesdesousa" style="color: #3b5998; cursor: pointer; font-size: 14px; line-height: 19.3199996948242px; text-decoration: none;">Taiguara Fernandes de Sousa</a><span style="color: #141823; font-size: 14px; line-height: 19.3199996948242px;"> sentiu: NADA. A verossimilhança não passa dos pequenos dramas de alcova, todos atomizados diante de um cenário tão instável como areia movediça, onde nem o bem e nem o mal parecem ter alguma função espiritual. Como nos livros marxistas sobre a Idade Média eu vi apenas luta pelo poder, guerras e guerras, reis que morrem, golpes, revoluções - sem qualquer ordem aparente ou finalidade. Não sei se é porque havia assistido muito recentemente "The Tudors" que, apesar das várias liberdades históricas e estéticas, sempre mostrou naturalmente o ponto de vista divino, o sentido transcendente das ações, como cimento que junta os tijolos do caos. É esse ponto de vista, ainda que meio oculto, que se percebe claramente em Tolkien. Foi o mesmo que percebi em The Walking Dead onde o desespero e a selvageria delineiam claramente a falta de uma Ordem, permitindo que se sinta a presença constante da ausência de Algo. Game of Thrones me pareceu bem condizente com o título: um jogo de tronos, um lance de dados, tal como a Idade Média parece sem o ponto de vista sobrenatural do Cristo e do Corpo Místico na historiografia marxista. Pareceu a mim a Idade Média sem Deus perfeita para quem só enxerga a superficialidade da aventura humana.</span></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.3199996948242px;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.3199996948242px;">Confira o texto do Taiguara:</span></div>
<div style="background-color: white; color: #666666; font-family: helvetica, arial, sans-serif; line-height: 16.0799999237061px; margin-bottom: 1em; margin-top: 1em; text-align: justify;">
<i>"Eu estou assistindo a atual temporada de Game of Thrones atrasado.</i></div>
<div style="background-color: white; color: #666666; font-family: helvetica, arial, sans-serif; line-height: 16.0799999237061px; margin-bottom: 1em; margin-top: 1em; text-align: justify;">
<i>Contudo, em vista do momento atual, não pude deixar de notar como a religião em George Martin toma duas formas: primeiro, o desleixo mundano; segundo, o fanatismo assassino. Não existe na literatura de Martin até o momento uma religião verdadeira e amiga da razão humana. Ou a religião é instrumento de barbarismo ou o é de puritanismo fanático, que beira ao ódio.</i></div>
<div style="background-color: white; color: #666666; font-family: helvetica, arial, sans-serif; line-height: 16.0799999237061px; margin-bottom: 1em; margin-top: 1em; text-align: justify;">
<i>Alguma semelhança com os discursos laicistas atuais?</i></div>
<div style="background-color: white; color: #666666; font-family: helvetica, arial, sans-serif; line-height: 16.0799999237061px; margin-bottom: 1em; margin-top: 1em; text-align: justify;">
<i>É curioso, mas essas são justamente as duas únicas formas pelas quais os laicistas modernos conseguem ver a religião - para eles, algo por si irracional. A religião separada do Logos - o Cristianismo é a religião do Logos - abandona a razão e se torna barbarismo ou fanatismo. O Cristianismo é uma proposta contra isso, de uma religião baseada na razão, como Ratzinger gostava de ressaltar.</i></div>
<div style="background-color: white; color: #666666; font-family: helvetica, arial, sans-serif; line-height: 16.0799999237061px; margin-bottom: 1em; margin-top: 1em; text-align: justify;">
<i>Em George Martin a razão só pode ser humanista, nunca há uma religião racional. Ela sempre é irracional e, por isso, é transmitida pelo autor nas duas formas acima. Devido a isso, a religião se torna um instrumento de politização e estatização fácil, pois desprovida de sua ligação essencial com a Razão Divina - o "Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus" não existe.</i></div>
<div style="background-color: white; color: #666666; font-family: helvetica, arial, sans-serif; line-height: 16.0799999237061px; margin-bottom: 1em; margin-top: 1em; text-align: justify;">
<i>Eu não sei como a história vai se desenrolar - tenho todos os livros e preferi deixar para lê-los depois de ver a série - mas o autor me parece, até o momento, um autêntico secularista moderno.</i></div>
<div style="background-color: white; color: #666666; font-family: helvetica, arial, sans-serif; line-height: 16.0799999237061px; margin-bottom: 1em; margin-top: 1em; text-align: justify;">
<i>Se Tolkien tinha uma literatura profundamente espiritual, em que a ordem natural era essencialmente ordenada pelo Logos de Ilúvatar, a proposta de Martin é [ou parece ser] exatamente o contrário: o espiritual é irracional em si mesmo, a razão pura não admite estas coisas. É por isso que não há um senso de ordenação na obra de Martin: o que acontece hoje, muda imediatamente amanhã; quem está vivo agora, morre no segundo seguinte. A ordem vem da razão e a cosmogonia de Martin é irracional - não há um Logos Divino, a desordem impera absoluta no domínio da Criação. Só a razão política poderá garantir ordem, isto é, o Estado humanista, secular e laico (ou que, ao menos, tenha as religiões sob seu controle).</i></div>
<div style="background-color: white; color: #666666; font-family: helvetica, arial, sans-serif; line-height: 16.0799999237061px; margin-bottom: 1em; margin-top: 1em; text-align: justify;">
<i>Digo isso porque muita gente gosta de falar em semelhanças entre Tolkien e Martin, mas, como espectador de ambos (e muito mais tolkieniano que martiniano), eu só vejo dessemelhanças.</i></div>
<div style="background-color: white; line-height: 16.0799999237061px; margin-bottom: 1em; margin-top: 1em; text-align: justify;">
<i style="color: #666666; font-family: helvetica, arial, sans-serif;">Não há duas literaturas mais distintas em sua filosofia, cosmogonia e escatologia do que as de J.R.R. Tolkien e George R.R. Martin."</i><br />
<br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Leia também o primoroso artigo de Carlos Ramalhete sobre Game of Thrones na extinta <a href="http://revistavilanova.com/a-fantasia-e-seu-tempo-um-olhar-sobre-game-of-thrones/">Revista Vila Nova</a>.</span></div>
Luiz Fernando Vazhttp://www.blogger.com/profile/17810908188873222767noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3962891350709889227.post-48044039946151869942015-05-18T22:06:00.001-07:002015-05-18T22:06:19.414-07:00Trauma e desejo de punição<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://noticias.r7.com/blogs/roberta-salomone/files/2011/09/2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://noticias.r7.com/blogs/roberta-salomone/files/2011/09/2.jpg" height="226" width="320" /></a></div>
<span style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, 'lucida grande', sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.3199996948242px;"><br /></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 19.3199996948242px;">Trauma. A 1ª guerra mundial está para a explosão da revolta socialista como o 11 de setembro está para o terrorismo islâmico do século XXI e o irracionalismo da moral biônica da Nova Ordem Mundial. Repare que no fim do século XX também ocorreu um movimento semelhante ao da Belle Époque, tanto em avanço econômico-tecnológico quanto no alastramento de um sentimento de otimismo baseado na virada do século (alguém aí lembra da Era de Aquário que estaria chegando?). Se eu não me e</span><span class="text_exposed_show" style="display: inline; line-height: 19.3199996948242px;">ngano foi o Otto Maria Carpeuax que identificou um certo excesso de otimismo na literatura modernista do início do século, assim como também um sentimento volátil de que alguma coisa muito ruim estava prestes a acontecer. O universo pop (que foi a 'literatura' de pelo menos a segunda metade do século XX) também padeceu de um excesso de otimismo e de pessimismo semelhante ao do início do século de Lênin. Basta dar uma olhada nos últimos álbuns musicais e filmes da virada do ano 2000 pra perceber que existia uma euforia, e ao mesmo tempo um corvo sobrevoando tudo aquilo. Talvez estejamos diante - mais uma vez como depois da 1ª guerra - de mais uma manifestação da Síndrome de Estocolmo, de desejo mórbido e coletivo de uma punição redentora, disfarçada de um grande avanço de liberdade. Talvez tenhamos mais uma vez sido estuprados e chantageados pelos dedos acusadores e demoníacos dos agitadores desse mundo. Assim o século XX rapidamente passou da Belle Èpoque para a explosão totalitária da política ao redor do mundo; assim o século XXI passou da otimista "Era de Aquário" para o relativismo macabro do Estado Islâmico, da Ideologia de Gênero e do Transhumanismo. O Olavo de Carvalho mesmo diz no Jardim das Aflições que é impossível explicar o século XX sem compreender o papel diabólico das grandes manipulações mentais de massa nos acontecimentos do período.</span></div>
Luiz Fernando Vazhttp://www.blogger.com/profile/17810908188873222767noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3962891350709889227.post-88128443290165930172015-05-17T22:29:00.000-07:002015-05-17T22:29:03.067-07:00Simulacro e simulação<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-m2qLCKfx4ko/VVl4WN_QVfI/AAAAAAAABxc/mGmI0jOLp9g/s1600/X.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="http://1.bp.blogspot.com/-m2qLCKfx4ko/VVl4WN_QVfI/AAAAAAAABxc/mGmI0jOLp9g/s320/X.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, 'lucida grande', sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.3199996948242px; margin-bottom: 6px;">
<br /><br />Tem uma coisa que todo mundo aqui na internet, nas redes sociais, anda esquecendo: isso é tudo SIMULACRO e SIMULAÇÃO.</div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, 'lucida grande', sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.3199996948242px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
Eu não sou o que sou aqui e você não é o que está aqui. Na vida real eu sou algo bem melhor do que está aqui, mas também algo bem pior do que está aqui. Você também é algo melhor do que está aqui, e também algo bem pior do que está aqui. Essa é a verdade. Toda amizade é incompleta. Quase toda briga aqui inútil, patética, porque até a ofensa de alguém que não <span class="text_exposed_show" style="display: inline;">existe contra alguém que é fumaça e papelão é incompleta sem o respectivo crispar de mãos e sangue nos olhos.</span></div>
<div class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #141823; display: inline; font-family: helvetica, arial, 'lucida grande', sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.3199996948242px;">
<div style="margin-bottom: 6px;">
Parem de fingir que a verdade da vida está aqui no Facebook, ou no Twitter, ou no Whatsapp, pô! Isso aqui está machucando vocês, falsificando vocês, enganando vocês. Esse teatro todo não dá conta da complexidade de cada um de vocês. Jamais troquem laços fortes e verdadeiros com os que possivelmente possam ser feitos nesta maravilha da modernidade chamada internet. Nada ainda substitui o olho no olho, o ombro a ombro, a companhia do outro - especialmente nas batalhas do dia-a-dia. Um amigo só se reconhece no dia-a-dia, um filha-da-puta também</div>
<div style="margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
É por isso que hangouts me dão um sono. Quando os caras ainda estão um aqui no meio da floresta, outro em SP e outro na Virgínia ainda compreendo; mas hangout de marmanjo na mesma cidade é o cúmulo da pau-molice de moleque de condomínio. Ah, vá! Não acredito em movimento intelectual/político sem rodadas de cerveja, sem amigo acudindo o porre do outro, sem flerte com a amante alheia, ou possibilidade de briga às três horas da manhã. Nem acredito em movimento intelectual/político de mulheres que não se encontram, que não fofocam juntas, que não falam do pau do marido umas para as outras, ou que não trocam receitas de como criar os filhos e preparar a janta.</div>
<div style="margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
Sei que é uma merda não pertencer a um mundo onde a esquerda lobotomizou a quase todos. Sei que é uma merda às vezes viver numa cidadezinha onde você não tem nem com quem conversar. Mas não deixem o limbo em que vocês se meteram destruir quem vocês são. Haverá decepções? Sim, haverá. Mas existirá menos solidão, menos desespero virtual; seja por vaidade, seja por auto-afirmação. E certamente haverá mais mudanças reais no que deixa a todos indignados.</div>
<div style="margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
Chegou o tempo das canecas quebradas! Chegou o tempo de quebrar bar!</div>
</div>
Luiz Fernando Vazhttp://www.blogger.com/profile/17810908188873222767noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3962891350709889227.post-41694202049656770432015-05-16T09:13:00.001-07:002015-05-16T09:31:49.128-07:00"American Sniper" - Viver não é para covardes<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-G5ZMJLGd_cE/VVdseMSU2JI/AAAAAAAABxI/gTwzxGR4nc4/s1600/thumbnail_19703.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="225" src="http://2.bp.blogspot.com/-G5ZMJLGd_cE/VVdseMSU2JI/AAAAAAAABxI/gTwzxGR4nc4/s400/thumbnail_19703.jpg" width="400" /></a></div>
<span style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, 'lucida grande', sans-serif; font-size: 12px; line-height: 16.0799999237061px;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, 'lucida grande', sans-serif; font-size: 12px; line-height: 16.0799999237061px;"><br /></span>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, 'lucida grande', sans-serif; font-size: 12px; line-height: 16.0799999237061px;">Assisti o "American Sniper". Finalmente! Cru e direto, como quase todos os filmes do Clint Eastwood. Não é que seja simplista (são os críticos esquerdistas que estão demais tarados por contextualizações políticas de filmes engajados), mas sim a sabedoria do 'velho caubói' que está ali sem enrolação: alguém tem que fazer o 'mal' que não quer para que o bem prevaleça nesse nosso vale de lágrimas. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #141823; font-family: helvetica, arial, 'lucida grande', sans-serif; font-size: 12px; line-height: 16.0799999237061px;"><br /></span></div>
<span class="text_exposed_show" style="background-color: white; display: inline;"></span><br />
<div style="color: #141823; font-family: helvetica, arial, 'lucida grande', sans-serif; font-size: 12px; line-height: 16.0799999237061px; text-align: justify;">
<span class="text_exposed_show" style="background-color: white; display: inline;"><span style="line-height: 16.0799999237061px;">Como todo conservador que se preze, o velho 'old man' de Hollywood não se engana e não quer enganar: existem ovelhas, cães e pastores. Parece simples? É. Mas não é. O resto é conversinha pra 'sissys' esquerdistas fazerem de conta que controlam alguma coisa, de que podem sonhar em abolir a realidade que assustou até o próprio Cristo ("E livrai-nos do Mal"). O conservador não espera a realidade vir até ele como um ladrão, mas vai buscar o touro pelas unhas.</span><span style="line-height: 16.0799999237061px;"> </span></span></div>
<span class="text_exposed_show" style="background-color: white; display: inline;">
</span>
<div style="text-align: justify;">
<span class="text_exposed_show" style="background-color: white; display: inline;"><span style="color: #141823; font-family: helvetica, arial, 'lucida grande', sans-serif; font-size: 12px; line-height: 16.0799999237061px;"><br /></span></span></div>
<span class="text_exposed_show" style="background-color: white; display: inline;">
<span style="color: #141823; font-family: helvetica, arial, 'lucida grande', sans-serif; font-size: 12px; line-height: 16.0799999237061px;"><div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 16.0799999237061px;">O homem que não tem medo de viver e fazer o que tem que fazer (porque não se ilude com a promessa utópica da felicidade terrena imanente), também pensa assim o amor. O soldado Chris Kyle também não hesitou em 'montar e pegar pelos cornos' a mulher desejada; não há tempo para sonhar, para idealizar a pessoa amada; só há tempo para amar, e para amar intensamente. Assim como não há o tempo para amar a Deus, ou a pátria. Ou decidir entre uma bala na cabeça de um terrorista ou a morte dos amigos. E Chris Kyle viu em vida esse amor ser devolvido, apesar de todos os aborrecimentos que teve com o trauma da guerra e com a difícil compreensão da sua vocação por parte da sua família e dos seus compatriotas. Mesmo assim, o demônio que o ceifou estava ali na primeira esquina para tirar-lhe a vida, 'pelo fio da espada' como é o destino da grande maioria dos guerreiros, na sua estranha e misteriosa dignidade.</span></div>
</span><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="color: #141823; font-family: helvetica, arial, 'lucida grande', sans-serif; font-size: 12px; line-height: 16.0799999237061px;"><div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 16.0799999237061px;">Essa obra-prima de Clint Eastwood é como a espada que o samurai desembainha, ou a pistola do caubói uma vez tirada do coldre: é para matar de vez ao menos uma das muitas dúvidas sobre o que signifique viver esta vida: viver não é para covardes.</span></div>
</span></span>Luiz Fernando Vazhttp://www.blogger.com/profile/17810908188873222767noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3962891350709889227.post-29151994054047862602015-05-03T10:11:00.000-07:002015-05-03T10:12:37.333-07:00"Interstellar", de Christopher Nolan - a salvação da humanidade pela ciência<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-n7Dk_kGF8yw/VUZVtUWL1CI/AAAAAAAABww/B44U3kEcHMc/s1600/Interstellar.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-n7Dk_kGF8yw/VUZVtUWL1CI/AAAAAAAABww/B44U3kEcHMc/s1600/Interstellar.jpg" height="225" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, 'lucida grande', sans-serif; font-size: 12px; line-height: 16.0799999237061px;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, 'lucida grande', sans-serif; font-size: 12px; line-height: 16.0799999237061px;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, 'lucida grande', sans-serif; font-size: 12px; line-height: 16.0799999237061px;">O talento do diretor está lá: a montagem de tirar o fôlego, a fotografia quase documental, a direção de arte caprichada, os efeitos visuais realistas, a sutileza da trilha de Hans Zimmer... e a escritura algo desesperada, embora genial, do roteiro que sempre escreve com o seu irmão Jonathan Nolan. A dupla de roteir</span><span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #141823; display: inline; font-family: helvetica, arial, 'lucida grande', sans-serif; font-size: 12px; line-height: 16.0799999237061px;">istas/diretor consegue uma coisa difícil de arrancar hoje do público médio de hoje: uma paciência extrema do público com as suas temáticas, que o faz engolir sem reclamar elipses narrativas colossais, numa aposta constante na inteligência do espectador (o espectador que cansa dos filmes de Nolan é aquele que quer tudo mastigadinho, sem a capacidade de preencher os 'buracos negros' da narrativa com conhecimento prévio do tema discutido na tela, e claro, um pouco de imaginação). Ele exige também, ainda que de forma um pouco mal-educada, MUITA paciência.</span></div>
<span class="text_exposed_show" style="background-color: white; display: inline;"></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span class="text_exposed_show" style="background-color: white; display: inline;"><span style="color: #141823; font-family: helvetica, arial, 'lucida grande', sans-serif; font-size: 12px; line-height: 16.0799999237061px;"><br /></span></span></div>
<span class="text_exposed_show" style="background-color: white; display: inline;">
<span style="color: #141823; font-family: helvetica, arial, 'lucida grande', sans-serif; font-size: 12px; line-height: 16.0799999237061px;"><div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 16.0799999237061px;">A metodologia de Nolan de escrever/dirigir filmes parece mesmo inspirada na mecânica de uma viagem interestelar: ele lança um foguete rumo ao nada, vai abandonando módulo após módulo em sucessivas arrancadas, acopla para iniciar uma viagem à velocidade da luz, coloca-nos em animação suspensa, até nos acordar e finalmente nos convencer do que bem entender, deixando-nos a flutuar pelo desconhecido - afinal, já realizamos uma jornada praticamente sem volta. Foi assim em Memento, na Trilogia Batman e em </span><a data-gt="{"entity_id":"91290503700","entity_path":"\/ajax\/photos\/photo\/edit\/save.php"}" data-hovercard="/ajax/hovercard/page.php?id=91290503700&extragetparams=%7B%22directed_target_id%22%3A0%7D" href="https://www.facebook.com/inception" style="color: #3b5998; cursor: pointer; line-height: 16.0799999237061px; text-decoration: none;">Inception</a><span style="line-height: 16.0799999237061px;">. Sem tempo para pensar demais, somente para escolher entre 'continuar sonhando' ou abandonar a sala de projeção, o espectador logo se vê imerso na linearidade inversa do filme estrelado por Guy Pearce, na sociologia fantástica de Gotham ou na metafísica onírica do mundo dos sonhos de Leonardo DiCaprio. Ora, é cinema, 'Rapid- Eye-Movement', 'sonhar acordado'. Christopher Nolan sabe que lida com viciados em um mundo de fantasia. </span></div>
</span><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="color: #141823; font-family: helvetica, arial, 'lucida grande', sans-serif; font-size: 12px; line-height: 16.0799999237061px;"><div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 16.0799999237061px;">"Interstellar" insere-se na tradição de filmes de viagens espaciais em algum lugar no meio de um gráfico que bolei que tem numa ponta a mitologia Star Trek e noutra a saga Alien - o mais radical otimismo sobre o espaço e o destino da humanidade no cosmos, também presente de alguma forma na saga Star Wars de George Lucas; e o pessimismo fatalista e 'nietzschiano' da saga de Ridley Scott, no qual o universo exterior só reserva morte e desespero.</span></div>
</span><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="color: #141823; font-family: helvetica, arial, 'lucida grande', sans-serif; font-size: 12px; line-height: 16.0799999237061px;"><div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 16.0799999237061px;">O filme de Nolan já é pessimista pelo pano de fundo da aventura através da visão de uma Terra em franco processo de destruição via desastre ambiental. O ser humano é uma praga, um gafanhoto, a outra ponta de um processo desastroso - iniciado por Deus ou pelo acaso que seja - , uma anomalia, uma bizarrice sem lugar nem conformação alguma na natureza, uma aberração ecológica. Ora, essa é toda a implicação ontológica do ambientalismo: se o homem destrói o planeta por seu simples processo de ser homem, Deus errou. Ou Ele não existe, pura e simplesmente. E se existe há de nos colocar à beira da extinção obrigando-nos a buscar uma nova morada nas estrelas. Seja lá o que for que nos transformou em homens sapiens capazes de praticar capitalismo e construir indústrias poluidoras, errou feio em nos tirar da condição de macacos fofos e harmônicos. Calma, é Nolan, relax and dream...</span></div>
</span><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="color: #141823; font-family: helvetica, arial, 'lucida grande', sans-serif; font-size: 12px; line-height: 16.0799999237061px;"><div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 16.0799999237061px;">Em suma, 'nolanamente' somos jogados em uma jornada que - de elipse em elipse, como de costume - nos transporta a conceitos como 'singularidade', 'hipercubos', 'buracos de minhoca', etc. Se 'nolanamente' o autor/diretor coloca "o amor" pra cimentar tudo o que com muita dificuldade encontra algum liame, nada mais evidente do seu talento hollywoodiano de fazer parecer palatável algo tão complexo como Teoria da Relatividade. E tudo muito 'nietzschiano', claro; com o Eterno Retorno ali substituindo qualquer tentação de se falar em Causa Primeira, Criador, Deus, que seja. Todas as 'coincidências' são auto-geradas pela ação do próprio homem. Tudo muito cientificamente correto, com uma ajudinha do Amor e dos laços familiares. Pessoalmente, aprecio mais a honestidade do 'Prometeu' do Ridler Scott (apesar dos clichês terríveis), bem menos preocupado em dar respostas para tudo.</span></div>
</span><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="color: #141823; font-family: helvetica, arial, 'lucida grande', sans-serif; font-size: 12px; line-height: 16.0799999237061px;"><div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 16.0799999237061px;">No gráfico que proponho, "Interstellar" certamente orbita ali pelo meio: pessimista na premissa, mas algo otimista nas possibilidades de sobrevivência do homem, ainda que por meio exclusivo da ciência e da tecnologia, mesmo que estas sejam também a causa da ruína da espécie humana com a sua necessidade de exaurir os recursos do planeta. Podia ser um samba do crioulo doido, mas não é: é Nolan. E você é um viciado em cinema. Você é um viciado em sonhar acordado por duas a três horas, mesmo que tudo faça pouco ou nenhum sentido. E Nolan tem sido um dos melhores fornecedores de entorpecimento cinematográfico dos últimos tempos.</span></div>
</span></span>Luiz Fernando Vazhttp://www.blogger.com/profile/17810908188873222767noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3962891350709889227.post-30664751903420075582015-05-01T12:04:00.000-07:002015-05-01T12:04:45.875-07:00Papagaio sem pirata<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.bichosefamosos.com.br/images/materias/05_comportamento.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://www.bichosefamosos.com.br/images/materias/05_comportamento.jpg" /></a></div>
<span style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, 'lucida grande', sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.3199996948242px;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, 'lucida grande', sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.3199996948242px;"><br /></span>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, 'lucida grande', sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.3199996948242px;">O conservador acha que se se comunicar com a alma do brasileiro é tarefa quase impossível. Não é não. O problema é que o conservador que não tem preparo pra lidar com o povo brasileiro. O conservador brasileiro não é um homem prático, pois vive numa bolha do conservadorismo europeu. Até os liberais estão crescendo mais no Brasil porque vivem menos na bolha que criaram em torno de si. O liberal encontrou ao menos uma conexão com o povo: a paixão de empreender dos brasileiros e a indignação crescente com os altos impostos em contraste com péssimos serviços oferecidos pelos Estado. É um começo para quem já sonha com representações políticas. Já o conservador esnoba a cultura brasileira como se tudo fosse simplesmente lixo. Muitos são incapazes de experimentar até uma comida típica ou comer um churrasco com os amigos, um blasé de vinhos caros e de cachimbos sem fim. Não pense que o conservadorismo britânico ou americano foi um caldeirão de idéias isolado da cultura britânica ou americana. Pelo contrário, esteve e está imbricado nas suas culturas. Em oposição, o conservador brasileiro ignora um Ariano Suassuna, por exemplo, porque o cara disse que já votou no PT. É simplesmente RIDÍCULO. O conservador brasileiro é, muitas vezes, um papagaio sem pirata.</span></div>
Luiz Fernando Vazhttp://www.blogger.com/profile/17810908188873222767noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3962891350709889227.post-23334875737609345052015-04-30T09:24:00.002-07:002015-04-30T09:29:00.761-07:00Os professores e o Estado cafetão<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-iR5kOAITC8w/VUJWuKsCknI/AAAAAAAABwY/VYsCguT0rzY/s1600/professores-em-greve.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-iR5kOAITC8w/VUJWuKsCknI/AAAAAAAABwY/VYsCguT0rzY/s1600/professores-em-greve.jpg" height="205" width="400" /></a></div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, 'lucida grande', sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.3199996948242px; margin-bottom: 6px;">
<span style="background-color: transparent; line-height: 19.3199996948242px; text-align: justify;"><br /></span>
<span style="background-color: transparent; line-height: 19.3199996948242px; text-align: justify;">A pena que tenho do professor (ou do supostamente professor que vai de capuz, pau e pedras para provocar policiais que cumprem a sua função) é a mesma pena que tenho que ter da humanidade. É a mesma pena que tenho da tragédia da estupidez orgulhosa da paixão juvenil. A mesmíssima pena que tenho pela ingenuidade dos sentimentos classistas de uma profissão acostumada a ser lisonjeada como 'aqueles que vão salvar o país', de ser os 'portadores do conhecimento', e blablablas. A mesma que tenho dos artistas - outra classe lisonjeada até a imbecilidade completa e alucinação, da qual me incluo - que agora são tratados pelo Estado com a esperança de que se comportem exatamente da maneira como se comportaram há décadas: como PROSTITUTAS.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, 'lucida grande', sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.3199996948242px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
Mesmo espancados, jogados de um lado para o outro por partidos e sindicatos, eles voltam para a mão pesada do cafetão Estado, com a gratidão daquelas diante dos que elogiaram seus dotes desde sempre, que as cobriram de jóias e de mimos na medida do possível, e que saem - no final das contas - sempre em defesa da mão que os alimenta e daqueles que "as fazem se sentir mulher".</div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, 'lucida grande', sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.3199996948242px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
Ora, me desculpem amigos professores, vocês não merecem, mas certamente irão apanhar mais do seu cafetão chamado ESTADO. O seu cafetão não está nem aí para vocês e suas cenas de vestes ensanguentadas 'em plena avenida São João'. Ora, vocês não tem pra onde ir mesmo! Voltem a fazer o que vocês sabem fazer melhor, calados, sem dar um pio sequer, e de cabeça baixa, como sempre fizeram diante de esquerdistas, vermelhos ou amarelos: se prestar a DOUTRINAR crianças e adolescentes para a Revolução Socialista, para o desprezo às tradições e ao conhecimento, para a relativização completa do valor da Língua e de nossa Civilização, para o despertar dos tais "direitos" nas cabecinhas revoltadas e ansiosas por 'mudar o sistema'.</div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, 'lucida grande', sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.3199996948242px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
Ah, o cafetão só quer mais do mesmo, mocinhas. E acha que tá pagando muito caro pra quem acha Shakespeare burguês, para quem não se esforça em entender método pedagógico algum que não seja o freiriano de criação de militantes, para quem não sabe ensinar um adolescente a escrever um projeto ou empreender um negócio, para quem acha que 'nós pega o peixe' está incluindo o jovem na sociedade e no mercado de trabalho. Caro demais!</div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, 'lucida grande', sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.3199996948242px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
Estarei sendo injusto com muitos professores? CLARO QUE ESTOU. Tem muito professor aí fazendo o IMPOSSÍVEL para salvar seus alunos da mediocridade reinante. São uma minoria ínfima e desprezada pela maioria, sempre chamada de 'metida' e de 'coxinha' pelos seus pares.</div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, 'lucida grande', sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.3199996948242px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
Mas não pouparei aqui nem os bons professores. Sabe quem é o 'bom professor' nessa tragédia algo nelson-rodrigueana? É aquela prima que espera a prima prostituta na porta do motel no qual oferece os préstimos do corpo e da alma alegremente, mas que JAMAIS tem a honradez de dizer a sua mui amada amiga e confidente:</div>
<div style="background-color: white; color: #141823; display: inline; font-family: helvetica, arial, 'lucida grande', sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.3199996948242px; margin-top: 6px;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 19.3199996948242px;">_ "Por favor, meu amor, saia dessa vida antes que seja tarde..."</span></div>
Luiz Fernando Vazhttp://www.blogger.com/profile/17810908188873222767noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3962891350709889227.post-26062101355137988282015-04-19T09:40:00.000-07:002015-05-16T10:17:59.053-07:00É HORA DE VIR PARA A LUZ!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-LKjSOg388Ok/VTPaRD40CRI/AAAAAAAABwA/CglMqU99m2A/s1600/Rohancharge.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="165" src="http://4.bp.blogspot.com/-LKjSOg388Ok/VTPaRD40CRI/AAAAAAAABwA/CglMqU99m2A/s400/Rohancharge.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, 'lucida grande', sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.3199996948242px; margin-bottom: 6px; text-align: justify;">
<br />
<br />
Não é hora de recuar, nem de retroceder!</div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, 'lucida grande', sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.3199996948242px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
A PRIORIDADE do PT e do Foro de São Paulo é uma: RECUAR A OPOSIÇÃO PARA AS SOMBRAS. Para onde possam nos capturar sem que ninguém veja, sem que ninguém dê pela nossa falta, para onde o punhal da traição e do terror possa ser desembainhado, para onde as mesmas sombras possam nos iludir de que são mais do que parecem.</div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, 'lucida grande', sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.3199996948242px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
Não se permitam a serem empurrados paras sombras! É HORA DE VIR PARA A LUZ! Não se escondam! Não se envergonhem! Não se <span class="text_exposed_show" style="display: inline;">atemorizem diante do tamanho do inimigo! Não tenham misericórdia de quem não tem misericórdia de vocês! Sem desespero ainda useis das armas à nossa disposição! Não baixeis a vigilância! Não recuais um milímetro no campo de batalha! Como cães raivosos, esperam que demos às costas para nos atacar!</span></div>
<div class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #141823; display: inline; font-family: helvetica, arial, 'lucida grande', sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.3199996948242px;">
<div style="margin-bottom: 6px; text-align: justify;">
Existem outras maneiras de fazer algo além das manifestações.Aproveitem as oportunidades! As manifestações infundiram MEDO no coração dos comunistas: porque foram atos de pessoas ordeiras, ainda que divergentes, com diferentes ambições de alcance na luta política. Nenhuma violência! Nenhuma lixeira queimada! Pelo contrário: coragem, alegria, AMIGOS, FAMÍLIAS.</div>
<div style="margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
Ainda que as manifestações mitiguem em algo não parem de agir. Reforcem ações junto às suas comunidades, igrejas, escolas, universidades, ainda que modestas. Ações não apenas políticas, mas também culturais. Mostrem acima de tudo o rosto humano da nossa indignação e perceba essa indignação no próximo como quem percebe um irmão, não somente um ignorante ou alienado. Ceda! Dê dois passos com que te acompanhou um! Dê o manto pra quem te pediu a túnica! Ganhe o respeito pelo que FAZ antes de se arrogar autoridade no que quer que seja.</div>
<div style="margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
Os que não podem fazer algo procurem aqueles que estão fazendo para dar apoio, suporte, ao menos uma ORAÇÃO na calada da noite para fortalecer-lhes a fé.</div>
<div style="margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
A ARMADURA E A ESPADA BRILHAM MAIS À LUZ DO DIA!</div>
<div style="margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
AVANTE, BRASILEIROS!!!</div>
</div>
Luiz Fernando Vazhttp://www.blogger.com/profile/17810908188873222767noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3962891350709889227.post-50438460305100193642015-04-04T13:26:00.001-07:002015-04-05T20:30:20.453-07:00Sobre intervenção militar e gente bobinha assustada<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://encrypted-tbn3.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRZDemlcPerqdOqUgWEwSAA9uoKXINUnOZpqtZffdZANxB5lXn7UQ" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://encrypted-tbn3.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRZDemlcPerqdOqUgWEwSAA9uoKXINUnOZpqtZffdZANxB5lXn7UQ" /></a></div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, 'lucida grande', sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.3199996948242px; margin-bottom: 6px;">
<span style="line-height: 19.3199996948242px;">Primeiro vou dizer que também sou contra a intervenção militar, AO MENOS NESTE MOMENTO. Por que sou? Porque acredito AINDA na capacidade das instituições funcionarem em favor da Ordem, embora não existam muitos motivos para se crer numa virada do Congresso e do Poder Judiciário. E também porque acredito AINDA na força das manifestações.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, 'lucida grande', sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.3199996948242px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
No entanto, a realidade desse papo de intervenção militar é impossível de ser COMPREENDIDA sem ao menos ter conhecimento de SETE pontos mínimos, para que assim você passe a deixar de ser manobra da esquerda e volte a dormir tranquilo sem imaginar soldados malvados debaixo da sua cama:</div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, 'lucida grande', sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.3199996948242px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
1 - As Forças Armadas têm o DEVER CONSTITUCIONAL de defender a manutenção do Estado Brasileiro e a soberania nacional. Ao menos que você ache que soldado só serve pra gastar o seu dinheiro engomando a farda para a sedução geral.<br />
2 - Existem realmente grupos na direita, MINORITÁRIOS, saudosos do regime militar.<br />
3 - Há muitas evidencias de que alguns desses grupos estejam sofrendo infiltração do PT para inflamá-los.<br />
4 - A mídia de esquerda faz questão de enquadrar nas lentes e nas câmeras de TV justamente essas manifestações minoritárias e mostrá-las como se fossem uma manifestação da maioria.<br />
5 - Bem ou mal, eles tem direito de pedir o que acreditam, afinal NÃO ESTAMOS EM UMA DITADURA, NÃO É?<br />
6 - Existe uma distância conceitual entre intervenção, regime militar e ditadura militar - o que a esquerda - USANDO DO MEDO E DA IGNORÂNCIA - mete tudo no mesmo saco de gatos.<br />
7 - O senso comum sobre o período militar é eivado de mistificações, falsidades históricas, calúnias, exageros, etc pelo menos desde que a redemocratização deu a hegemonia educacional para a esquerdas nas escolas e universidades e, como prolongamento dessa ação, tomou os tribunais, redações de mídia, sindicatos, associações de ofício e até mesmo parte das Forças Armadas.</div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, 'lucida grande', sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.3199996948242px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
Sem ao menos atentar para essas questões é IMPOSSÍVEL ter um posicionamento racional sobre a questão que não seja aquele da própria propaganda feita pela esquerda, principalmente através de blogs sujos pagos pelo governo. O resto é lençol branco com dois olhos furados, sombra na janela e bicho-papão no armário.</div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, 'lucida grande', sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.3199996948242px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
A auto-ilusão 'dos pessoal' (é como eu chamo as pessoas bobinhas, assustadiças, do tipo que se assustam com Anabelle) em relação a intervenção militar serve bem ao propósito do partido governante de manter o que lhe resta de militância, especialmente entre a MILITÂNCIA DA LIBIDO, que imagina um futuro governo militar em que fumar maconha, fazer suruba e dar a bunda seja proibido (como se na década de 60 e 70 NINGUÉM FIZESSE ISSO ADOIDADO).</div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, 'lucida grande', sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.3199996948242px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
A esquerda está vivendo em um conto de cavalaria próprio, com seus moinhos e gigantes particulares. O que é uma BURRICE EXTREMA, pois não conseguem perceber a profunda insatisfação da sociedade - diversa e multifacetada -, impedindo que tenham uma reação apropriada aos fatos, fazendo uma cagada atrás da outra.</div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, 'lucida grande', sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.3199996948242px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
Essa loucura não é nova. Ela aconteceu na China, no Vietnã, no Camboja, no Leste Europeu, na Alemanha de Hitler. Cegos da causa da insatisfação popular buscam cada vez mais bodes expiatórios, até que se convençam de que é o povo que está louco e chegou a hora de ELIMINÁ-LOS.</div>
<div style="background-color: white; color: #141823; display: inline; font-family: helvetica, arial, 'lucida grande', sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.3199996948242px; margin-top: 6px;">
E essa loucura que você alimenta quando propaga merda sobre intervenção militar.</div>
Luiz Fernando Vazhttp://www.blogger.com/profile/17810908188873222767noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3962891350709889227.post-54031630879920105122015-03-27T15:07:00.000-07:002015-04-05T20:29:22.160-07:00Só quero fazer teatro com gente normal<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-i5AMEXXpaKk/VRXUsGB01KI/AAAAAAAABvo/i7uOiymzqvA/s1600/201.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-i5AMEXXpaKk/VRXUsGB01KI/AAAAAAAABvo/i7uOiymzqvA/s1600/201.jpg" height="320" width="316" /></a></div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, 'lucida grande', sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.3199996948242px; margin-bottom: 6px;">
Ainda tenho o sonho de fazer teatro com gente normal. Explico o 'gente normal'. Sonho em fazer teatro com gente que vê a arte como busca da verdade e da beleza, que entenda o gesto bondoso de interpretar a realidade dos homens e da vida, e que se doe ao ser com intensidade.</div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, 'lucida grande', sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.3199996948242px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
Não busco um teatro de 'direita', não é isso; mas sim um teatro direito, honesto, feito por pessoas interessadas em ser 'monstruosas' no sentido shakesperiano do termo, que saibam ler o que escreve o amor calado: ouvir com os olhos é do amor o fado', como disse o Bardo.</div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, 'lucida grande', sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.3199996948242px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
Não busco o teatro feito por aqueles putos/putas mimadas que buscam nos palcos somente alguma notoriedade boba ou monstruosidade mal escrita para 'chocar a sociedade conservadora'.</div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, 'lucida grande', sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.3199996948242px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
Desprezo os artistas dito progressistas, que entre uma péssima atuação e outra vão prostituir a arte na luta-do-contra-tudo-que-está-aí-está através de dramaturgias forçadas, enfeitadas apenas com sinopses que pretendem não deixar ao espectador experiência de descoberta alguma, mas somente doutrinação panfletária para dizer o quanto são vítimas por serem pretos, mulheres ou adeptos de amores e esfregações heterodoxas, whatever, para que a platéia se entedie e continue a apoiar partidos políticos que vão jogar algumas migalhas para esses pobres incompreendidos que vivem sem dinheiro pra pagar uma cerveja.</div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, 'lucida grande', sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.3199996948242px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
Desprezo os ditos artistas interessados na sutileza e na subjetividade na arte como caminho fácil para juntar um grupo de ativistas ou militantes de qualquer coisa; seja para salvar as baleias, ou jovens em situação de risco, ou gente carente de ter onde desmunhecar ou de dizer pra vizinha o quanto é descolado.</div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, 'lucida grande', sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.3199996948242px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
Desprezo, acima de todas as coisas, o teatro dito experimental que aglutina apenas relatos de adolescentes confusos e ingênuos que confundem o desejo legítimo deles de dar a bunda e serem felizes com verdadeira inspiração artística, como se a intenção e o engajamento da obra fossem tudo, e a técnica e a forma não fossem nada. A criação coletiva - quando muleta do analfabetismo - é a decadência do teatro, a invasão bárbara que transforma anfiteatros em feiras de venda de animais.</div>
<div style="background-color: white; color: #141823; display: inline; font-family: helvetica, arial, 'lucida grande', sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.3199996948242px; margin-top: 6px;">
Não que o teatro deva deixar de ser - como aliás foi e deve continuar sendo - a jóia de ouro da liberdade de expressão. Não. O teatro deve continuar a ser o aríete silencioso contra todas as imposturas, preconceitos, lugares-comuns, clichês, velhacarias, etc; mas com o respeito a inteligência dos seus espectadores - que antes de ver representadas as suas indignações - querem fazer parte do drama humano e da comédia de erros, querem descobrir por si, verter lágrimas e rir, sorrir e pensar, não simplesmente SABER O QUE ELE TEM QUE PENSAR AGORA PRA SER UMA PESSOA DITA LEGAL E ANTENADA. Existe uma diferença imensa em ser polêmico como Brecht ou Nelson Rodrigues, ou ser polêmico como Jean Wyllys ou Luciana Genro.</div>
Luiz Fernando Vazhttp://www.blogger.com/profile/17810908188873222767noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3962891350709889227.post-60456477925308091882014-09-16T12:17:00.003-07:002014-09-16T12:53:41.702-07:00Censura no Facebook<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #fff2cc;"><span style="font-family: inherit; line-height: 15.1800003051758px;">"Após a revelação de que o rapaz homossexual de Goiás foi morto por outro homossexual, o movimento gay SE CALOU. O cadáver do garoto perdeu o seu VALOR POLÍTICO. Virou um nada, estatística, como é a morte dos demais 50 mil brasileiros que morrem de forma violenta todos os anos no Brasil. Para o movimento gay, o cadáver de um gay só tem utilidade quando serve como aríete da agenda gay de restrição da liberdade de expressão e da promoção do achincalhamento dos valores cristãos.</span><span class="text_exposed_show" style="display: inline; font-family: inherit; line-height: 15.1800003051758px;"> Como agora o rapaz infeliz é apenas QUALQUER UM, os militantes gays calam-se para não protestar contra o estado de CALAMIDADE da segurança pública nesse país, fruto da mesma política que banca as suas paradas do Orgulho Gay. O homossexual brasileiro, infelizmente, prefere manter a amizade com quem banca as suas PUTARIAS do que se juntar ao coro de desespero dos demais brasileiros por um país com menos violência e menos impunidade. Ser viado é uma coisa, COVARDIA é outra. SHAME ON YOU!"</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #fff2cc; line-height: 15.1800003051758px;"><br /></span></div>
<span style="background-color: #fff2cc; font-family: inherit; line-height: 15.1800003051758px; text-align: justify;">Esta postagem e mais duas outras que não conseguir recuperar foram CENSURADAS no Facebook, além disso fui suspenso por 24h de postar qualquer coisa e proibido de retornar ao assunto sob pena de ter minha conta excluída. O motivo é sempre o tal "discurso de ódio". Não se trata de odiar homossexual algum que seja, mas sim de contestar as falácias do movimento LGBT. Não se trata de discriminar nem mesmo prática sexual alguma, mas somente a leniência com que os gays vem tratando aqueles que se dizem seus representantes, dando aval para todo tipo de ardil e sordidez encobertos pelo manto da 'luta contra o preconceito'. Se uso termos duros é porque quero dialogar diretamente com os gays - com intimidade politicamente incorreta além da atualmente suportada, admito - para que estes percebam o absurdo das práticas daqueles que se dizem defendê-los. Se digo que 'ser viado é uma coisa' porque acredito que nenhuma condição sexual é desculpa para a covardia de se dizer a verdade e demonstrar as coisas como elas são. Se digo que 'covardia é outra' porque não consigo compreender como pessoas que decidem encarar uma condição de vida tão difícil se deixem dobrar por discursos ideológicos, prestando-se a qualquer comando de linchamento moral de qualquer um que ouse contestar a sacrossanta atividade do movimento gay.</span><br />
<span class="text_exposed_show" style="background-color: #fff2cc; display: inline;">
</span>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span class="text_exposed_show" style="display: inline;"><span style="background-color: #fff2cc; line-height: 15.1800003051758px;"><br /></span></span></div>
<span class="text_exposed_show" style="background-color: #fff2cc; display: inline;">
</span>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #fff2cc; font-family: inherit;"><span class="text_exposed_show" style="display: inline; line-height: 15.1800003051758px;">Os gays sonham - e com toda razão - em ter futuramente um cidadão brasileiro como um alto representante em cargos públicos. Se o cidadão for honesto e capaz, por que não? Mas daí eu pergunto: se este cidadão usasse sua condição sexual para se impor acima dos demais, censurando e tachando toda e qualquer crítica ao seu governo como 'discurso de ódio', como atingirão a tão plena igualdade sonhada pelos homossexuais? Como a população pode confiar e acreditar na essência cidadã de uma pessoa com tal poder nas mãos? Como evitar a desconfiança das demais pessoas,</span><span style="line-height: 15.1800003051758px;"> </span><span style="line-height: 15.1800003051758px;">sejam elas religiosas ou não,</span><span style="line-height: 15.1800003051758px;"> </span><span style="line-height: 15.1800003051758px;">para com quem reivindica tais direitos e - podendo abrir mão desse expediente - ter tudo pra implantar a mais agressiva e implacável ditadura? Como combater o preconceito inflamando ainda mais e mais as diferenças entre alguns cidadãos e outros? </span></span><span style="font-family: inherit; line-height: 15.1800003051758px;">Se tudo pode ser debatido em uma sociedade democrática, por que não as ações do movimento LGBT? Por que pode se falar contra Deus, César, o governo, o diabo, mas não se pode contestar os LGBT's, nem ironizá-los e provocá-los nas suas condutas políticas e ideológicas? </span><br />
<span style="font-family: inherit; line-height: 15.1800003051758px;"><br /></span>
<span style="font-family: inherit; line-height: 15.1800003051758px;">Não se trata de combater a carne e o uso que se faz ou não dela, de maneira alguma. Trata-se de um combate aos principados e potestades da censura, germe da perigosa tentação do totalitarismo.</span></div>
<span style="background-color: #fff2cc;"><br /></span>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #fff2cc;"><span style="line-height: 15.1800003051758px;">Peço a quem puder </span>compartilhar<span style="line-height: 15.1800003051758px;"> esse meu artigo que </span>compartilhe<span style="line-height: 15.1800003051758px;">. </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 15.1800003051758px;"><span style="background-color: #fff2cc; font-family: inherit;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 15.1800003051758px;"><span style="background-color: #fff2cc; font-family: inherit;">Um abraço para todos os meus amigos e leitores, gays ou não.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 15.1800003051758px;"><span style="background-color: #fff2cc; font-family: inherit;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 15.1800003051758px;"><span style="background-color: #fff2cc; font-family: inherit;">LFV</span></span></div>
<br />
<br />
<span style="background-color: white; color: grey; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 15.1800003051758px;"><br /><br /><br /> </span>Luiz Fernando Vazhttp://www.blogger.com/profile/17810908188873222767noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3962891350709889227.post-67186409561931885972013-11-05T13:14:00.000-08:002013-11-05T13:14:28.037-08:00Breves impressões sobre o curta "Segurança Nível 5", por Karleno Márcio Bocarro<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/eJC8ldQs-6Y?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<i><b><span class="null">"...posso dizer que gostei muito do curta. A fotografia e
atuação dos atores é impecável; o cenário bem escolhido. Agora a parte
mais difícil, e fascinante: a história dá margem a várias
interpretações. E isso é como deve ser! Um traço de grande arte. Tem
aspectos do mito grego, assim o vejo. Quer dizer não somos senhores de
nós mesmos, mas joguetes de deuses imprevisíveis; a história
de Amor e Psique aponta nessa direção. De gnose, o mundo é mal e toda
inocência é/será violada; ou um deus mal toma conta deste mundo, no caso
do filme, uma espécie de controle autoritário. E isso leva a outro
aspecto do filme: um sistema autoritário que controla a vida das pessoas; a
ascensão, no sistema, se dá por obediência cega e atos de violência. Por
fim, a garota, inocente e bela, ao descobrir a trama torna-se brutal,
um ser pronto para matar... Foi o que vi, mas acho que há mais outros
aspectos a considerar. Preciso revê-lo. Ah, gostei também como os textos
poéticos (belíssimos) e narrativos foram intercalados, contribuindo
para o avanço da trama e não para confundir o espectador."</span></b></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="null"></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="null"></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="null"></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="null"><br /><a href="http://www.erealizacoes.com.br/autores/autores_KarlenoBocarro.asp">Karleno Márcio Bocarro</a> é escritor, professor de Literatura, formado em Filosofia pela Universidade Humbolt de Berlim</span>. Publicou o romance "As almas que se quebram no chão", pela editora É Realizações.</div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="null"></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="null"></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="null"></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="null"></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span class="null">"Segurança Nível 5" é um curta-metragem de ficção (19 min) de Jorge Kellaris, produzido pelo GTO Soluções Cênicas e pela World Alone - Grécia. Com Luiz Fernando Vaz e Rafaella Cândido.</span><br /><span class="null"><br /><br /> </span>Luiz Fernando Vazhttp://www.blogger.com/profile/17810908188873222767noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3962891350709889227.post-39761833026314719092013-10-23T20:08:00.000-07:002013-10-23T20:08:48.570-07:00Sobre a dignidade animal<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://uipi.com.br/wp-content/uploads/2013/06/Dia-nacional-do-bumba-meu-boi-2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="222" src="http://uipi.com.br/wp-content/uploads/2013/06/Dia-nacional-do-bumba-meu-boi-2.jpg" width="320" /></a></div>
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;"><br /></span>
<div style="text-align: justify;">
Sinceramente sinto mais dignidade para com os animais de uma tourada ou de um rodeio do que com aqueles de um laboratório de testes. Por mais cruel que pareçam, as manifestações lúdicas entre homem e animal tem um caráter de balanceamento ontológico entre as espécies, uma iniciativa do espírito humano para compensar o uso vulgar da vida dos animais na alimentação, vestuário, etc. Uma tentativa de revestir a crueldade cotidiana de consumo e da exploração de algum sentido transcendente. A simplicidade - e por que não a sensibilidade e ingenuidade do homem do campo? - desenvolveu maneiras de re-integrar o animal no enredo cósmico, ressaltando sua relação de mútua cooperação mas também de conflito. Ao cavalo que labuta na lavoura oferece-se a oportunidade de voltar a ser selvagem na arena ou solto em uma corrida; ao touro de participar de um certame de vida e morte depois de ser celebrado com flores, rezas e cortejos; ao burro que leva chicotadas dá-se o papel de carregar o Salvador em autos de Natal e Paixão; em alguns países montam-se em porcos vestidos como seres humanos, etc. O contrário dessa 'crueldade' é a matança DESPERSONALIZADA e INDUSTRIAL dos animais, o que inclui os testes - embora necessários - de laboratório. Muito me pergunto se a brutalização do homem moderno não tem muito a ver com essa inevitável massificação do extermínio animal sem a recorrência de uma reconciliação ontológica, de uma consagração dessa relação entre homens e animais.</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;"><br /></span></div>
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;"><div style="text-align: justify;">
OBS: Nós brasileiros devíamos nos orgulhar muito de nossas manifestações folclóricas. O brasileiro criou o boi bumbá, por exemplo. Substituiu o sangue jorrando do touro ibérico pela teatralização, pelo fantoche. O efeito de balanceamento ontológico é o mesmo.</div>
</span>Luiz Fernando Vazhttp://www.blogger.com/profile/17810908188873222767noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3962891350709889227.post-56435978243165124892013-09-21T21:41:00.000-07:002013-09-21T22:46:28.640-07:00O filme "Anjos e demônios" de Ron Howard e o fascínio de Dan Brown pela Igreja<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://amaivos.uol.com.br/upload/amaivos/anjos%20e%20demonios.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://amaivos.uol.com.br/upload/amaivos/anjos%20e%20demonios.jpg" height="320" width="306" /></a></div>
<span style="background-color: white; color: #37404e; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"><br /></span>
<b><span style="background-color: white; color: #000011; font-family: Arial, Helvetica, Geneva, Swiss, SunSans-Regular; font-size: x-small; line-height: 19px; text-align: justify;"><i>"Se Dan Brown parece fascinado pela Igreja, é preciso reconhecer que não é o único: em Roma existe agora mais peregrinos que nunca"</i> - </span><span style="background-color: white; color: #000011; font-family: Arial, Helvetica, Geneva, Swiss, SunSans-Regular; font-size: x-small; line-height: 19px; text-align: justify;">Pe. John Wauck, da prelazia pessoal do Opus Dei, nascido em Chicago, professor de literatura e comunicação da fé na Universidade Pontifícia da Santa Cruz, em Roma, estudou história da literatura na Universidade de Harvard.</span></b><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #37404e; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #37404e; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">Assisti pela segunda vez o </span><a href="http://www.adorocinema.com/filmes/filme-124371/" style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;" target="_blank">filme de Ron Howard baseado no livro homônimo de Dan Brown</a><span style="background-color: white; color: #37404e; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">. </span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #37404e; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">Perto daquele fiasco que foi "Código da Vinci" (também de Ron Howard), considero-o até muito interessante em vários aspectos: a fotografia de Roma e que alude ao <span class="text_exposed_show" style="display: inline;">Vaticano é esplendorosa, as atuações são boas, a trilha é interessante e a edição excelente (em especial nas cenas de ação).</span></span><br />
<span style="background-color: white; color: #37404e; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"><span class="text_exposed_show" style="display: inline;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #37404e; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">Ron Howard, entretanto, é bastante 'hollywoodiano". Acontece que quase sempre ele foi, na minha humilde opinião, um narrador bem competente. Certinhos, comerciais, porém bem dignos de um par de ingressos, foram por ele dirigidos "Uma Mente Brilhante", "Apollo 13" e "Cocoon" (meu preferido; a trama sobre ET's é mero pretexto pra falar da velhice).</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #37404e; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #37404e; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">Felizmente nesse filme Howard me surpreendeu ao revalorizar a sua habilidade narrativa em detrimento da verborragia e do 'enrolation' do desastroso "Código". </span></div>
<span class="text_exposed_show" style="background-color: white; display: inline;"><span style="color: #37404e; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">
</span></span>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #37404e; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #37404e; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">Surpreendeu-me novamente o filme ao exibir no roteiro um raro equilíbrio no trato das questões entre fé e ciência, permitindo na tela uma dignidade a Santa Igreja e a Fé que é raríssima no cinema de hoje. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #37404e; display: inline; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"><br /></span></div>
<span style="background-color: white; color: #37404e; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-align: justify;">Até me despertou curiosidade sobre o livro... </span><br />
<span style="background-color: white; color: #37404e; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-align: justify;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #37404e; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-align: justify;">Aí que buscando críticas sobre o filme achei </span><a href="http://amaivos.uol.com.br/amaivos09/noticia/noticia.asp?cod_noticia=12461&cod_canal=34" style="background-color: white; color: #37404e; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-align: justify;" target="_blank">essa fantástica entrevista de um padre da Opus Dei</a><span style="background-color: white; color: #37404e; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-align: justify;"> que afirma algo que há muito já disse sobre esses produtos culturais que usam/abusam de referências - principalmente negativas - sobre o catolicismo. Esses produtos referenciam-se a Igreja porque creem que nas imagens e símbolos pertencentes a ela residam um verdadeiro poder, uma irresistível atração e autenticidade. Falei disso também no artigo que fiz </span><a href="http://www.midiasemmascara.org/artigos/cultura/12986-agora-obra-prima-de-propaganda-do-ateismo.html" style="background-color: white; color: #37404e; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-align: justify;" target="_blank">analisando o filme "Ágora", do diretor chileno Alejandro Amenábar.</a><span class="text_exposed_show" style="background-color: white; display: inline;"></span><br />
<span class="text_exposed_show" style="background-color: white; display: inline;"><span style="color: #37404e; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">
</span></span>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span class="text_exposed_show" style="background-color: white; display: inline;"><br /></span></div>
<span class="text_exposed_show" style="background-color: white; display: inline;">
<span style="color: #37404e; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"></span></span>
<div style="text-align: justify;">
<span class="text_exposed_show" style="background-color: white; display: inline;"><span style="color: #37404e; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">Das peças e romances blasfemos da Revolução Francesa às paródias de Madonna e Lady Gaga, aludir a Santa Igreja e seus dogmas quase sempre redundaram em lucrativo sucesso. O Pe. John Wauck mata a charada ao comentar o livro. E provoca:</span></span></div>
<span class="text_exposed_show" style="background-color: white; display: inline;"><span style="color: #37404e; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">
</span><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="color: #37404e; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"><div style="text-align: justify;">
(essa passagem não consta no filme)</div>
</span><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<b style="color: #37404e; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"><div style="text-align: justify;">
<b>- Pe. Wauck: Dá a impressão de que estamos lendo o Catecismo da Igreja Católica, ao invés da novela de Dan Brown. A passagem é esta: </b></div>
</b><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<b style="color: #37404e; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"><div style="text-align: justify;">
<b><i>"Pedro é a pedra. A fé de Pedro em Deus foi tão firme, que Jesus o chamou de ‘a pedra’, o discípulo incomovível sobre cujos ombros Jesus construiria sua Igreja. Neste lugar, pensou Langdon, na colina do Vaticano, Pedro havia sido crucificado e enterrado. Os primeiros cristãos construíram um pequeno santuário sobre o seu túmulo. À medida que o cristianismo se estendeu, o santuário cresceu, passo a passo, até converter-se nesta basílica colossal. Toda a fé católica havia sido levantada, literalmente, sobre São Pedro. A pedra"</i></b></div>
</b><span style="color: #37404e; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"><div style="text-align: justify;">
(“Anjos e demônios”, cap. 118).</div>
</span><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="color: #37404e; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"><div style="text-align: justify;">
O filme demonstra no roteiro perplexidade semelhante diante dos mistérios da Santa Sé deixando posicionamentos mais radicais em suspenso.</div>
</span><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<b><div style="color: #37404e; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-align: justify;">
<b>Entrevistador: Você não acha que com esta entrevista estamos promovendo gratuitamente o filme?</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #37404e; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"><br /></span></div>
<span style="color: #37404e; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"><div style="text-align: justify;">
<b>- Pe. Wauck: Quem está promovendo quem? Esta é a questão. Possivelmente, há publicidade nas duas direções, mas se consideramos o tempo, as energias e os milhões de dólares empregados na produção e promoção deste filme, eu diria que nós estamos levando a melhor parte. Isto é, que talvez Deus esteja se servindo de Hollywood para atrair a atenção de alguns sobre as riquezas da fé e da cultura católicas.</b></div>
</span></b><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="color: #37404e; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"><div style="text-align: justify;">
Isso me faz lembrar a velha constatação de como a Igreja cresce mesmo na adversidade. E que eu gosto ainda mais desse filme.<br />
<br />
Aqui o trailer (que, é claro, ressalta os aspectos conspiratórios da trama):</div>
</span></span><span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #37404e; display: inline; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"><br /></span>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/bvhtEpM6AHs?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #37404e; display: inline; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"><br /></span>Luiz Fernando Vazhttp://www.blogger.com/profile/17810908188873222767noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3962891350709889227.post-3785563550261459672013-07-29T11:24:00.000-07:002013-07-29T11:24:03.678-07:00Quero dar emprego para os jovens, Santo Padre, mas o Estado não deixa<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://imguol.com/c/noticias/2013/07/22/22jul2013---o-papa-francisco-participa-de-cerimonia-de-boas-vindas-com-a-presenca-da-presidente-dilma-rousseff-no-palacio-guanabara-sede-do-governo-do-estado-no-rio-de-janeiro-nesta-segunda-feira-1374527174246_956x500.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="208" src="http://imguol.com/c/noticias/2013/07/22/22jul2013---o-papa-francisco-participa-de-cerimonia-de-boas-vindas-com-a-presenca-da-presidente-dilma-rousseff-no-palacio-guanabara-sede-do-governo-do-estado-no-rio-de-janeiro-nesta-segunda-feira-1374527174246_956x500.jpg" width="400" /></a></div>
<span style="background-color: white; color: #37404e; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"><br /></span><span style="background-color: white; color: #37404e; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">É muito bonita e reconfortante a mensagem do Papa Francisco pela inclusão dos jovens do mercado de trabalho, sua preocupação com o desemprego em massa, etc. Mas sinto uma aflição imensa com a falta de uma mensagem que expresse com mais objetividade essa questão. Quando o Papa aponta uma crítica para a globalização procuro fazer um esforço no sentido de interpretar essa crítica de um ponto de vista</span><span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #37404e; display: inline; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"> que conflita com uma atitude humanista promovida pela Igreja. No entanto, temo que as palavras do Papa apenas reforcem o brutal avanço do Estado sobre as iniciativas individuais. No mundo todo, sob o pretexto de justiça social, os governos estão destruindo a iniciativa dos que geram empregos, principalmente para os mais jovens: impostos draconianos, políticas esbanjadoras que promovem vícios sociais, incremento da burocracia, leis que paralisam o crescimento das empresas, desindustrialização, empobrecimento do ensino, promoção de ideologias marxistas nas escolas, etc. Sem contar a tropa avant-garde do estatismo que agora chega com força total, prometendo um futuro ainda mais sombrio para quem produz: a obrigação de cumprir rituais de responsabilidade social, ambiental, com as minorias, movimentos sociais, etc. E tudo isso para sustentar Estados que, além de podres de corrupção, não fazem outra coisa a não ser perseguir a Igreja e seus fiéis com leis que a médio-prazo apenas expulsarão os cristãos da vida pública. É fácil perceber isso em discursos como o da presidente Dilma no início da JMJ, onde ela flagrantemente tentou parasitar a ação e a autoridade espiritual do Papa para os interesses desse César amoral e sem limites. É fácil perceber isso na lisonja permanente do Papa como 'o papa da ruptura' e outros epítetos que parecem querer pautar a ação da Igreja para um compromisso mais radical com a tal 'modernidade'.</span><span style="background-color: white; color: #37404e; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"><br /></span><span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #37404e; display: inline; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"><br />Quando o Papa fala da 'idolatria do dinheiro' eu consigo entender a conexão com os ensinamentos evangélicos. Mas para a cultura geral eivada de preconceitos de origem marxista, soa como uma condenação a quem empreende, a quem busca oferecer serviços a sociedade, finalmente, ao empresário, o empreendedor. O rebanho, ao meu parecer, volta-se então para as promessas dos políticos, todas bem trabalhadas nas mais elaboradas técnicas publicitárias para explorar o ressentimento, a inveja, o ódio e, como é de se esperar, aumentar ainda mais o poder do Estado Moderno e sua capacidade de promover mais materialismo e destruição dos pilares civilizacionais.<br /><br />Longe de mim dizer ao Papa o que ele tem que fazer e pensar. Não faria isso nem que eu fosse um católico exemplar. Escrevo tudo isso como quem busca cada vez mais o amor da sua Igreja, como um filho que reclama com a mãe o porquê de não poder comer mais doces do que eu gostaria, que busca compreensão. Sei que temos que 'dar a Deus o que é de Deus, e a César o que é de César', mas é impossível não sentir aflição com essa sensação de abandono que fica quando o Papa nos pede para ajudar os jovens, e não dá nem um pio em prol daqueles que tentam possibilitar isso no dia-a-dia, na vida real, lutando como Davis contra um Golias cada vez mais cruel e abusado.</span></div>
Luiz Fernando Vazhttp://www.blogger.com/profile/17810908188873222767noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3962891350709889227.post-7827387628454414592013-06-15T18:02:00.000-07:002013-06-15T20:21:49.584-07:00Roleta Russa<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://comunicacaochapabranca.com.br/wp-content/uploads/2011/09/alkohol-am-steuer-totet-roleta-russa.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="205" src="http://comunicacaochapabranca.com.br/wp-content/uploads/2011/09/alkohol-am-steuer-totet-roleta-russa.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;"><br /></span><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">Fiz no meu perfil do Facebook uma pequena reflexão sobre os protestos de 'estudantes' em SP. Reproduzo aqui e acrescento um videoclipe que gostaria muito que vocês assistissem (acho bastante sinistro esse vídeo - não sei se é um aviso ou se estão esfregando algo na nossa cara):</span></div>
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px; text-align: justify;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px; text-align: justify;"><b>"O motor psicológico de todo revolucionário é a necessidade por transgressão típica da adolescência. Não é por nada que a mídia chama o manifestante de 'jovem' - sabe que está lidando com elementos inseguros, sedentos de ação e de acontecimentos que transcendam sua mediocridade cotidiana, com déficit de imaginação e de sentido existencial; daí importante lisonjeá-los.Toda revolução usa o jovem como bucha de canhão e logo depois os elimina aos milhões em gulags, campos de trabalho forçados, massacres, programas de lavagem cerebral em massa, etc; afinal, hormônios são incontroláveis. O homem que sonha é uma granada que explode por toda a eternidade. Embora cada vez mais perigosa, no âmbito particular, a transgressão quase sempre é benéfica e parte do processo de amadurecimento da personalidade (é o tema preferido dos filmes de Milos Forman, confiram); já no âmbito da sociedade a transgressão é uma roleta russa. Nem todas as forças da sociedade são irracionais e instintivas como esses grupos de adolescentes. As elites intelectuais excitam-se com revoluções como os jogadores com o embaralhar das cartas. Os jovens não sabem o que querem; no entanto comunistas, nazistas, fascistas, maçons, cartéis, seitas religiosas, grupos tradicionais organizados, famílias mafiosas e qualquer grupo que não faça da masturbação e do uso diário de drogas emburrecedoras sua principal ocupação lúdica sabe. O Coringa vai parar inevitavelmente na mão de quem olha o jogo como um todo; aos jovens, como sempre, restará a pilha de descarte."</b></span><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif;"></span><br />
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif;"><span style="font-size: 13px; line-height: 17px;">
</span></span>
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;"><br /></span>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<object class="BLOGGER-youtube-video" classid="clsid:D27CDB6E-AE6D-11cf-96B8-444553540000" codebase="http://download.macromedia.com/pub/shockwave/cabs/flash/swflash.cab#version=6,0,40,0" data-thumbnail-src="http://img.youtube.com/vi/xusbGJBeE_o/0.jpg" height="266" width="320"><param name="movie" value="http://youtube.googleapis.com/v/xusbGJBeE_o&source=uds" /><param name="bgcolor" value="#FFFFFF" /><param name="allowFullScreen" value="true" /><embed width="320" height="266" src="http://youtube.googleapis.com/v/xusbGJBeE_o&source=uds" type="application/x-shockwave-flash" allowfullscreen="true"></embed></object></div>
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;"><br /></span>Luiz Fernando Vazhttp://www.blogger.com/profile/17810908188873222767noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3962891350709889227.post-7144664810274260122013-06-01T11:08:00.004-07:002013-06-01T11:11:24.692-07:00Síndrome de Raul Gil<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/_fy2PKlcxnrk/S_QiOGwXqrI/AAAAAAAAAno/pyRq8mKvHVE/s1600/inland+empire.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="140" src="http://2.bp.blogspot.com/_fy2PKlcxnrk/S_QiOGwXqrI/AAAAAAAAAno/pyRq8mKvHVE/s400/inland+empire.jpg" width="400" /></a></div>
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;"><br /></span>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">Um dos grandes males da minha geração é algo que chamo, assim de brincadeira, de <i>"Síndrome de Raul Gil"</i>. Essa geração cresceu com uma expectativa exageradíssima sobre sua capacidade e sobre o seu destino. Foi marcada com um senso desproporcional de protagonismo e dotada de um senso de realização pessoal irracional muitas vezes delirante. Ninguém consegue convencer as pessoas dessa geração, quando é o caso, de que não sabem cantar, nem atuar, nem dançar, que são feios, suas vozes são horríveis, não tem nenhum carisma nem talento e que, muitas vezes, são ignorantes e/ou burros demais para o que pretendem fazer. Nada consegue tirá-las da sua ilusão de 'gracinha da mamãe' - tudo as machuca, desrespeita, ofende suas heroicas escaladas rumo ao Olimpo. Consideram-se prontos e acabados desde o nascimento, celebridades ainda não descobertas apenas pela inveja que imaginam receber de todos ao seu redor. Cada uma dessas pessoas uma revelação 'urbi et orbi' para o mundo. Às vezes até tem algum talento, mas não conseguem desenvolvê-lo por causa da incapacidade total de avaliar seus potenciais com honestidade.A frustração da não-realização dos seus sonhos de infância causa então um sofrimento enorme nestas pessoas. Elas, muitas vezes, acabam caindo na promiscuidade e nas drogas para fugir de uma realidade que avoluma-se cada vez diante dos seus olhos: a de que provavelmente são medíocres. E mutilam-se: tomam esteroides, tentam afirmar a personalidade tatuando o corpo inteiro com símbolos que desconhecem, implantam silicone, fazem plásticas agressivas, ficam anoréxicas, são vitimizadas pela moda e pelo consumismo voraz.Talvez até nem sejam mesmo medíocres; mas como convencê-las de que elas precisam se aperfeiçoar? Jamais conseguem se desenvolver em nada por pura incapacidade de exercer alguma humildade sobre si mesmos. São imunes a qualquer 'anamnese' possível. Em busca de ser estrelas comportam-se como buracos negros. Talvez por isso a minha geração seja tão ressentida e magoada. As ideologias enxergam, com muita esperteza, esse mar cheio de peixes e atiram a rede que volta farta. Eu sei que 'tudo-pode-ser-só-basta-acreditar-tudo-que-quiser-você-será', mas talento é algo raro. E fama é algo inexplicável; está aí o You Tube para comprovar. A celebridade não é um direito, mas sim uma graça efêmera que vai e volta como o vento. Ainda existe uma coisa chamada 'sorte'. É claro que muitos conseguem se libertar dessa síndrome e encontrar alguma consolação na vida. E muitas vezes ela é encontrada em uma inesperada habilidade de cultivar jardins, no prazer da contemplação de um mistério religioso ou no amor de uma mulher e filhos. Muitos infelizmente não conseguem e perecem pelo caminho na tristeza infinita de uma sarjeta, no fundo de uma espiritual garrafa de desalentos eternos. A nossa geração precisa retornar urgentemente ao empreendimento mais essencial da jornada humana sobre a Terra, empreendimento mesmo do qual os poetas, profetas e filósofos perseguiram com tanta obsessão e esperança: a busca do 'Eu' e a conquista definitiva de uma verdadeira personalidade.</span></div>
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<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;"><br /><b>*cena do filme "Inland Empire", de David Lynch</b></span></div>
Luiz Fernando Vazhttp://www.blogger.com/profile/17810908188873222767noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-3962891350709889227.post-52614803432421765642013-05-31T10:32:00.001-07:002013-05-31T13:04:01.093-07:00Nero Redivivus<br />
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<a href="http://visualmaniac.com/uploads/visualmaniac_media/.thumbs/salo-ou-les-120-journees-ii08-g_9f48bf.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="265" src="http://visualmaniac.com/uploads/visualmaniac_media/.thumbs/salo-ou-les-120-journees-ii08-g_9f48bf.jpg" width="400" /></a></div>
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É mais comum sentir compaixão pela condição existencial de um homossexual ao ouvir as duras admoestações de um pastor evangélico do que sentir ódio. Até mesmo um carrasco ou carcereiro deve sentir uma ponta de dó em relação aquele que é condenado de forma tão irreversível; dirá o que não sente um homem comum diante dessa radicalidade. Por isso mesmo a invectiva fatalista bíblica move mais à oração do que ao ódio, e move fortissimamente justamente por sua aparente irreversibilidade. A militância gay, na melhor tradição do marxismo cultural, finge não saber disso. E, na melhor tradição revolucionária, 'acusa os outros do que faz' - ela sim, condenando implacavelmente as vozes dissonantes ao isolamento total com uma autoridade artificial respaldada pelas armas do Estado todo-poderoso. Enxerga autoritarismo em toda parte porque só enxerga sua expressão através do autoritarismo. Aqueles que dizem lutar em nome do amor deveriam orar pela suposta ignorância dos Felicianos da vida. Ingenuidade minha; na metafísica gay nem mesmo o falecido deputado Clodovil merece alguma misericórdia: agoniza eternamente no inferno dos que sofrem com 'homofobia internalizada'. As ideologias não perdoam jamais os seus insubordinados. O Deus judaico-cristão pode até ser cruel, mas o seu povo reza para aplacar-lhe a fúria. Onde estão os gays dispostos a aplacar a fúria de um Jean Wyllys?<br />
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Existe alguma outra forma mais eficiente de elevar a enésima potência o ódio aos gays do que transformá-los em uma casta? Não conheço. Não é à toa que a cultura popular odeia políticos e bandidos armados até os dentes. Não é por menos que o ódio maior é o ódio de Lúcifer contra o inabarcável poder do Criador. E que povos inteiros enlouqueceram de ódio pelos Césares do Império Romano. O antiamericanismo que a cultura moderna respira como oxigênio é outra prova eloquente dessa equação. Se existe algo que atiça o ódio é o poder, em especial a disparidade no poder de se exercer o poder. </div>
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O poder autoritário do vitimismo pode então até ultrapassar os próprios instrumentos desse mesmo Estado. Para a parada gay de SP, a polícia militar <a href="http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2013/05/29/pm-ouve-dicas-para-abordar-gay-e-travesti.htm" target="_blank">ouvirá dicas para abordar gays e travestis</a>. Terão que aprender coisas como a não se acotovelarem entre si ou que não devem se incomodar com eventuais beliscões e cantadas devido 'ao fetiche exercido pelo fardamento'. É proibido rir, chocar-se ou indignar-se, e expressar, ainda que de forma discreta, a apreensão de algo que possa simplesmente vir a ser 'engraçado' ou 'pitoresco'. A luta gay é pela liberdade de expressão, é claro. A dos policiais de se expressarem como robôs obedientes. Se algo assim pode ser exigido dos agentes estatais o que não será exigido um dia da dona Marcelina lá da periferia que vai ao culto todos os fins de semana? Qual a diferença de exigências como estas das exigências de um César ou de um cortejo de um monarca absolutista? Ou dos caprichos de uma Rainha de Copas? Enquanto os gays se divertem fingindo-se de oprimidos, ao mesmo tempo em que dominam a cultura humana com os seus símbolos na moda, na música, no cinema, no teatro, na literatura, no mercado publicitário, etc, as famílias francesas apanham da polícia nas ruas de Paris. </div>
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Com o tempo isso semeará um ódio irracional perigoso. O poder desmesurado logo torna-se veículo para desencadear as mais diabólicas forças. Uma vez odiados por toda a gente, os gays exigirão - como exigiram desesperadamente todos os tiranos - o amor das vítimas do seu poder. Como a militância homossexual não conhece limites, certamente pedirão coisas ainda mais absurdas para a sociedade, em uma espiral decadente de loucura e destruição, principalmente da sanidade deles próprios. Afinal, um direito ao livre usufruto das partes e possibilidades íntimas jamais se afirmará como uma autoridade legítima. Então nem a literatura poderá prever as insanidades que virão.</div>
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Destaco o trecho do excelente e imperdível artigo de <a href="http://blogdo.yurivieira.com/2013/05/um-homossexual-condena-os-direitos-homossexuais/?fb_action_ids=10151498691098800&fb_action_types=og.likes&fb_source=other_multiline&action_object_map=%7B%2210151498691098800%22%3A581864421834973%7D&action_type_map=%7B%2210151498691098800%22%3A%22og.likes%22%7D&action_ref_map=%5B%5D" target="_blank">Justin Raimondo</a>:</div>
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<i>"Os líderes do movimento gay estão brincando com fogo. A grande tragédia é que não serão eles os únicos que sairão queimados. A volatilidade dos temas que eles vêm levantando – temas que envolvem religião, família e as mais elementares premissas do que é ser humano – cria o risco de uma explosão social pela qual eles devem ser responsabilizados. A ousadia da tentativa de se introduzir um “currículo homossexual positivo” nas escolas públicas, a postura de vítimas militantes que não toleram qualquer questionamento, a intolerância brutal que se segue à tomada do poder pelos homossexuais em guetos urbanos como São Francisco – tudo isso, somado ao fato de que o próprio paradigma dos direitos dos homossexuais representa uma intolerável invasão da liberdade, tende a produzir uma reação da maioria."</i></div>
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O poder corrompe. O poder absoluto corrompe absolutamente. Silas Malafaia vira herói da liberdade de expressão. E Jean Wyllys não consegue arrumar um namorado.</div>
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<b>*imagem do filme Saló, do cineasta italiano Pier Paolo Pasolini.</b> </div>
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Luiz Fernando Vazhttp://www.blogger.com/profile/17810908188873222767noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3962891350709889227.post-77457997035775384872013-04-24T16:13:00.000-07:002013-04-24T16:13:03.253-07:00A QUEDA<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.worldtransformation.com/images/freedom/Goya_ThePilgrimagetoSanIsidroDetail_Clr_WordWEB.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="295" src="http://www.worldtransformation.com/images/freedom/Goya_ThePilgrimagetoSanIsidroDetail_Clr_WordWEB.jpg" width="400" /></a></div>
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">Nunca imaginei que veria o tempo do orgulho</span><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;"> </span><br /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">Da precipitação de tudo o que é transcendente e sagrado </span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">Do materialismo mais apaixonado </span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">Da mais veemente degradação </span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">Da fúria apaixonada e arrebatada das baixezas </span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">Dos peitos declarando imunidade aos pecados todos </span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">Dos invertidos santos </span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">Dos falhos de toda fraqueza de consciência.</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">Tempo dos super-homens</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">E de um eterno presente</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">Com fortalezas do devir. </span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">Pais e avós apenas dignos de escárnio, deboche e indiferença. </span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">De anjos incapazes de reconhecer o verdadeiro, </span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">De chorar o belo,</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">De sangrar alguma indiferença respeitosa</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">- ao menos. </span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">Não mais drama </span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">A poesia apenas um meio </span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">A comédia impossível </span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">Vermelho e negro em toda parte. </span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">Caveiras de diamante sorrindo </span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">Festa sem fim </span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">Melancólico banquete</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">Onde não mais se distingue quem se serve</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">Quem é servido? </span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">Sem porta de entrada.</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">Sem porta de saída. </span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">Delícias que não saciam jamais</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">A cauda do dragão é avistada nas nuvens de chuva</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">E o deus ex machina nunca vem.<br /><br />*</span><span style="color: #333333; font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-size: 14px; line-height: 17px; text-align: center;">Francisco Goya’s </span><span class="em" style="border: 0px; color: #333333; font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-size: 14px; font-style: italic; line-height: 17px; margin: 0px; padding: 0px; text-align: center; vertical-align: baseline;">The Pilgrimage of St. Isidro</span><span style="color: #333333; font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-size: 14px; line-height: 17px; text-align: center;"> (detalhe) </span>Luiz Fernando Vazhttp://www.blogger.com/profile/17810908188873222767noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3962891350709889227.post-43977227222987219052013-04-05T10:39:00.000-07:002013-04-05T10:51:31.748-07:00Matrix, Kafka e o retorno de Cthulhu<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://agendaglobal21.files.wordpress.com/2012/03/the_matrix_revolutions-p3.jpg?w=455&h=201" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="170" src="http://agendaglobal21.files.wordpress.com/2012/03/the_matrix_revolutions-p3.jpg?w=455&h=201" width="400" /></a></div>
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O pesadelo daquele filme "Matrix" agora é um fato consumado. Onde quer que alguém sussurre dizendo coisas interpretadas como ofensivas às sensibilidades dos valores 'pogreçistas', lá estará um 'representante' das minorias, dos excluídos, daqueles que 'merecem herdar a Terra'. Lá estarão eles nas redes sociais, na escola, no trabalho, na igreja, no centro comunitário <i>and everywhere</i> para o inquirir, ameaçar, neutralizar e, é claro, reincorporá-lo ao ethos reinante, sob pena de exclusão total do mundo das 'pessoas legais'. São o retrato exato da descrição do personagem Morpheus no filme dos Wachowski: <b>"E muitas delas estão tão inertes, tão desesperadamente dependentes do sistema, que irão lutar para protegê-lo." </b></div>
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Em um mundo no qual tudo é relativo, o bom-mocismo parece ser o último recurso, a derradeira tábua de civilização onde as massas se agarraram neste naufrágio de todas as certezas universais; um desesperado arremedo de ordem em que 'não ser polêmico', 'ser educado', 'ser socialmente responsável', "praticar a sustentabilidade' parece garantir que todos estarão virtualmente seguros contra o descontrole de seus devaneios sobre o que é real, verdadeiro, ululantemente óbvio. <i>Just dance!</i></div>
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Não há mais necessidade de um ditador cuja personalidade inspire a ação, a reação e omissão seletivas. Dispensáveis as leis, as guilhotinas, os paredões, os tribunais de confissões públicas, até mesmo as teletelas orwellianas. As diretrizes do Partido estão todas perfeitamente implantadas nos costumes.. Todo cidadão já caminha para ser um defensor inconsciente da Cartilha, feliz, satisfeito, ufano em sua pátria comportamental, 'imperativo' e 'categórico'. Cada cidadão júri, um juiz e o executor. Uma epidemia de Stálins. Tal como no último filme da trilogia cyberpunk, o inimigo entropicamente ocupa todos os espaços, viraliza-se, cria infinitas cópias de si mesmo.</div>
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Reinaldo Azevedo bem citou Gramsci <a href="http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/a-imprensa-brasileira-com-medo-da-regulacao-e-assediada-por-patrulhas-internas-e-externas-esta-se-tornando-uma-agente-da-ditadura-do-falso-consenso-emburrece-o-debate-sataniza-a-divergencia-e-linc/" target="_blank">comentando o episódio Marco Feliciano</a>, que bem espelha os novos tempos: </div>
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<b>“O Moderno Príncipe, desenvolvendo-se, subverte todo o sistema de relações intelectuais e morais, uma vez que seu desenvolvimento significa, de fato, que todo ato é concebido como útil ou prejudicial, como virtuoso ou criminoso, somente na medida em que tem como ponto de referência o próprio Moderno Príncipe e serve ou para aumentar o seu poder ou para opor-se a ele. O Moderno Príncipe toma o lugar, nas consciências, da divindade ou do imperativo categórico, torna-se a base de um laicismo moderno e de uma completa laicização de toda a vida e de todas as relações de costume”.</b> </div>
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O 'moderno príncipe' já é a autoridade máxima. É "O Castelo" kafkiano ao qual todos se referenciam mas ninguém sabe onde está. Todos acordados, da noite para o dia, 'transformados em um gigantesco inseto'.</div>
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O outro já é virtual. O próximo já nos aparece como um zumbi merecedor de uma bela e revolucionária tela de miolos espelhados na parede. Como na ficção (oi?), logo chegará o momento em que 'você será um de nós ou um deles'. E, em um mundo de completa desumanização, não é difícil prever que seres humanos serão empilhados aos montes, aos milhões.</div>
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Os tentáculos de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Cthulhu" target="_blank">"Cthulhu"</a> já aparecem entre as nuvens de tempestade.</div>
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"Bem vindos ao deserto do real."</div>
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<a href="http://static.comicvine.com/uploads/original/6/67602/2535712-one_nation_under_cthulhu_9704.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="268" src="http://static.comicvine.com/uploads/original/6/67602/2535712-one_nation_under_cthulhu_9704.jpg" width="400" /></a></div>
<br />Luiz Fernando Vazhttp://www.blogger.com/profile/17810908188873222767noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3962891350709889227.post-90443283814410509552013-03-19T09:46:00.001-07:002013-03-19T10:02:48.158-07:00Fist Fucking<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://i.imgur.com/8Rj6Ma9.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="235" src="http://i.imgur.com/8Rj6Ma9.gif" width="320" /></a></div>
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"><br /></span>
<span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: white; color: #333333; line-height: 18px;">A obra é interessante. Mas é um sintoma dos nossos tempos - como Lady Gaga. Perspicaz a opinião da </span><a href="https://www.facebook.com/lasarahfernandes?fref=ts" target="_blank">Sarah Fernandes</a><span style="background-color: white; color: #333333; line-height: 18px;"> de que <i>"o título da minha dúvida deixa mais ou menos claro que a obra abaixo está mais próxima à representação de uma época on</i></span><span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #333333; display: inline; line-height: 18px;"><i>de o homem puxa o próprio saco e casa-se com o próprio espelho em favor da "própria liberdade", do que uma representação que possa gerar contemplação"</i><br /><br />Exatamente. Não parece ser uma obra que busca inspirar virtudes em primeiro lugar, mas espelhar um 'zeitgest', um estado de coisas. Se a arte há de ser bem-feita ou mal-feita, jamais boa ou má em si, como insinuou Oscar Wilde, podemos dizer que ela consegue o seu intento.<br /><br />Li em um antigo ensaio da Revista Bravo um insight bem interessante sobre a arte que se diz contemporânea, tão bem expressa em suas excentricidades na Bienal de São Paulo. Sobre a Bienal paulista de 98, disse Teixeira Coelho: </span></span><br />
<span style="font-family: inherit;"><span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #333333; display: inline; line-height: 18px;"><br /></span>
<span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #333333; display: inline; line-height: 18px;"><i>"Recordo conto de Borges sobre o cartógrafo que desenhava um mapa tão abundante que o tamanho do papel era o mesmo do terreno representado: escala um por um. Essa fábula serve como imagem de parte da arte contemporânea, herdeira renitente de uma sociedade da abundância já finda e que não faz economia de meios - acaso não de propósito, mas por deficiência representacional. Esses ambientes constroem-se por metonímia (aproximação no espaço entre um signo e outro, uma coisa e outra), enquanto a grande arte ainda seja ainda aquela que procede da metáfora, substituição da coisa por um signo. Metáfora, operação que cria, versus metonímia, operação que combina o já existente."</i></span></span><br />
<span style="font-family: inherit;"><span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #333333; display: inline; line-height: 18px;"><br /></span>
<span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #333333; display: inline; line-height: 18px;">Não sei vocês, mas gosto da instalação acima. Gosto de pensar que o Dragão passou e deixou no caminho um rastro de homens orgulhosos de achar que tudo podem dar a si, nem que seja a boa e velha fellatio (do qual escutei uma vez chamarem-na de 'o apogeu do sexo'). Recordou-me uma peça bem polêmica de Newton Moreno, levada aos palcos por Renato Borghi e Élcio Nogueira Seixas, onde dois homens encontravam-se para praticar o fist-fucking (prática de penetrar o alheio com o punho). A peça, muito bem escrita e representada, mesmo levando a risos nervosos, tinha um quê melancólico de metaforização da busca do homem por um sentido mais profundo (ui!), acessível para muitos apenas como perversão sexual.<br /><br />Nunca esqueçam que há mais nus hoje na Capela Sistina do que em Hollywood.<br /><br />Agora comparem a obra abaixo com a que eu vi na Bienal de São Paulo do ano passado, tortura que apreciei na companhia do meu querido cicerone <a href="https://www.facebook.com/franciscoesouza?fref=ts" target="_blank">Francisco Souza</a>. Um carrinho de brinquedo batendo contra um pedaço </span></span><span style="color: #333333; font-family: inherit; line-height: 18px;">de bolo sob uma tábua mais ou menos inclinada.</span><br />
<span style="color: #333333; font-family: lucida grande, tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: x-small;"><span style="line-height: 18px;"><br /></span></span>
<span style="color: #333333; font-family: lucida grande, tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: x-small;"><span style="line-height: 18px;"><br /></span></span>
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<a href="http://1.bp.blogspot.com/-IUFiTzhHOk4/UUiV9K_AOtI/AAAAAAAABA4/3X1uer5fMeM/s1600/DSC02395.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="http://1.bp.blogspot.com/-IUFiTzhHOk4/UUiV9K_AOtI/AAAAAAAABA4/3X1uer5fMeM/s320/DSC02395.JPG" width="320" /></a></div>
<span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #333333; display: inline; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"><br /></span>
<span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #333333; display: inline; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"><br /></span>
<span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #333333; display: inline; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">Comentem com moderação...<br /><br /></span>Luiz Fernando Vazhttp://www.blogger.com/profile/17810908188873222767noreply@blogger.com3