16 de maio de 2015

"American Sniper" - Viver não é para covardes




Assisti o "American Sniper". Finalmente! Cru e direto, como quase todos os filmes do Clint Eastwood. Não é que seja simplista (são os críticos esquerdistas que estão demais tarados por contextualizações políticas de filmes engajados), mas sim a sabedoria do 'velho caubói' que está ali sem enrolação: alguém tem que fazer o 'mal' que não quer para que o bem prevaleça nesse nosso vale de lágrimas. 


Como todo conservador que se preze, o velho 'old man' de Hollywood não se engana e não quer enganar: existem ovelhas, cães e pastores. Parece simples? É. Mas não é. O resto é conversinha pra 'sissys' esquerdistas fazerem de conta que controlam alguma coisa, de que podem sonhar em abolir a realidade que assustou até o próprio Cristo ("E livrai-nos do Mal"). O conservador não espera a realidade vir até ele como um ladrão, mas vai buscar o touro pelas unhas. 

O homem que não tem medo de viver e fazer o que tem que fazer (porque não se ilude com a promessa utópica da felicidade terrena imanente), também pensa assim o amor. O soldado Chris Kyle também não hesitou em 'montar e pegar pelos cornos' a mulher desejada; não há tempo para sonhar, para idealizar a pessoa amada; só há tempo para amar, e para amar intensamente. Assim como não há o tempo para amar a Deus, ou a pátria. Ou decidir entre uma bala na cabeça de um terrorista ou a morte dos amigos. E Chris Kyle viu em vida esse amor ser devolvido, apesar de todos os aborrecimentos que teve com o trauma da guerra e com a difícil compreensão da sua vocação por parte da sua família e dos seus compatriotas. Mesmo assim, o demônio que o ceifou estava ali na primeira esquina para tirar-lhe a vida, 'pelo fio da espada' como é o destino da grande maioria dos guerreiros, na sua estranha e misteriosa dignidade.

Essa obra-prima de Clint Eastwood é como a espada que o samurai desembainha, ou a pistola do caubói uma vez tirada do coldre: é para matar de vez ao menos uma das muitas dúvidas sobre o que signifique viver esta vida: viver não é para covardes.

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