Mostrando postagens com marcador No Pará se reage. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador No Pará se reage. Mostrar todas as postagens

2 de março de 2012

Roqueiros convidam gringos para dirigir clipe e a ANCINE não gosta



A banda paraense Madame Saatan teve os seus últimos dois videoclipes (Respira/ Até o fim) considerados "produtos gringos" pela Ancine ( Agência Nacional de Cinema) e não podem participar de editais e mostras de vídeo. A direção de ambos tem a assinatura de P.R. Brown e a fotografia de Jaron Presant, que já trabalharam em quatro videoclipes do Slipknot (”Sulfur”, “Psychosocial”, “Dead Memories” e “Snuff”). A dupla também já assinou clipes de nomes consagrados como Smashing Pumpkins, Audioslave, My Chemical Romance, Mötley Crüe, Evanescence e Foo Fighters, entre outros. A limitação da agência reguladora impede a banda de participar do edital até da patrocinadora do último disco produzido pelos roqueiros.

Formada em 2003 por Sammliz (voz), Ed Guerreiro (guitarra), Ícaro Suzuki (baixo) e Ivan Vanzar (bateria), a banda de rock pesado Madame Saatan acaba de lançar o segundo CD da carreira “Peixe Homem”.

A parceria com os realizadores americanos foi uma conquista vitoriosa da própria banda, como explica a vocalista Sammliz em entrevista ao Universo do Rock: "Entramos em contato com alguns diretores para fazer parceria, mas nenhum deu resposta positiva. Nosso produtor ia fazer, mas em uma última tentativa mandou uma mensagem via Facebook para o P.R Brown - que respondeu perguntando mais sobre a banda. Bernie, nosso produtor, enviou duas músicas do disco novo e contou um pouco de nossa trajetória e P.R então disse que havia adorado tudo e queria vir ao Brasil para trabalhar conosco. Veio na parceria, bancou a própria passagem e fez um trabalho excelente com o quase nada de equipamento que trouxe. Virou um grande amigo."

Mas a ANCINE parece não ver com bons olhos a parceria e a iniciativa de sucesso, apesar dos dois clipes terem sido gravados em Belém do Pará, com co-produção da produtora local TV Norte independente e restante da equipe 100% nacional. Segundo advogados que aconselharam livremente a banda cabe mandato de segurança para reverter a situação. "De qualquer forma não vamos conseguir isso a tempo de participar do edital da Vivo, que era algo que já contávamos...", diz Sammliz, decepcionada.

No entanto, o episódio serve como amostra da equivocada política cultural brasileira que, a pretexto de proteger o "produto nacional" a partir de uma ideologia fuleira de DCE, acaba desestimulando trocas culturais enriquecedoras como a protagonizada pela banda. Se a banda tivesse convidado um diretor e fotógrafo cubanos ou norte-coreanos (se é que lá existem videoclipes?) talvez não tivessem todo esse transtorno. Mas não. É a velha e empoeirada implicância com "o imperialismo yankee" transmutada em antipolítica cultural que, infelizmente, também norteia o governo atual do PT.

Esperamos que - apesar de todo o esforço contrário da ANCINE - essa estupidez jurássica em plena inserção do país na globalização não prevaleça. E que isso sirva de lição para que os roqueiros e demais artistas brasileiros entendam de uma vez como é que as coisas funcionam em Venezuela ou em Cuba. Socialismo é isso - atraso e estupidez ideológica de burocratas "iluminados" sufocando a iniciativa individual.

*********************

Assista a um dos clipes do Madame Saatan dirigidos pelo americano P. R. Brown:


28 de fevereiro de 2012

Três questões para o teatro em Belém



O Teatro em Belém necessita ter sempre em vista três (3) questões. Deixo de fora - sem negar a importância - algumas questões estruturais da administração pública como a pouca disponibilidade de espaços de apresentação e a carência de incentivos públicos. Gostaria de sair um pouco do velho "Eles não ligam pra nós" se me permitem. Adiante.

1 - Investimento em publicidade dos espetáculos

Quando digo para um desconhecido que faço Teatro ouço, quase sempre, a mesma pergunta: "Ah, você é do Verde-ver-o-peso?". Nada contra esse clássico do teatro paraense mas isso evidencia o quanto o público desconhece a maior parte dos trabalhos feitos pelos criativos grupos da cidade. O espetáculo do Grupo Experiência está há décadas em cartaz e não há como se comparar nesse quesito. A questão que quero colocar é que muitas vezes falta investimento na divulgação dos espetáculos. As redes sociais abriram uma possibilidade maravilhosa, porém a melhor forma de divulgação - além das matérias em sites e jornais e dos cartazes e folders passados de mão em mão -  ainda é a velha e eficiente propaganda, seja em rádio, TV ou em outdoors. Aí você pergunta com toda razão: "Com que dinheiro?" É aí que está. Eu mesmo já me convenci de que não dá pra fazer teatro em Belém na expectativa de um retorno financeiro sem a ajuda dos recursos de uma mídia ostensiva. Existem casos excepcionais, é claro. Mas as produções, em especial a dos grupos sem uma platéia cativa numerosa, podiam pensar com carinho em um dia investir (ou direcionar, nos casos de espetáculos subsidiados por recursos públicos) na venda do seu trabalho como um produto, possibilitando que a platéia venha a ser composta um dia por mais dos que os parentes e amigos mais próximos. Falando em espetáculos subsidiados, acho um absurdo que muitos dos editais não tenham uma cláusula exigindo que os grupos invistam parte dos recursos destinados para a publicidade dos espetáculos. É preciso comprar - literalmente - a briga pela atenção do espectador em tempos de internet, DVD e TV a cabo. Se pudesse simplesmente optar em ter mais dinheiro para montagem, para pagar atores e técnicos OU para divulgação dos meus espetáculos, eu escolheria sem pestanejar este último. Teatro é para ser visto. 

Investimento em publicidade também é um problema no item 2.

2 - Festivais de Teatro regionais e nacionais

Festivais são eventos caros. É louvável o esforço dos que organizam festivais e mostras de teatro em Belém e no interior, com ou sem recursos públicos (raríssimos!), periodicamente ou não. No entanto, tem falhas em quase todos os festivais que atentam contra os objetivo principal dos próprios festivais que são a formação de platéia e o intercâmbio entre o fazer teatral entre cidades, estados ou países diferentes. A formação de platéia é PREJUDICADA pelo investimento deficiente na publicidade dos festivais. Um festival que se preze tem que ambicionar PARAR uma cidade para que ela o veja passar. O que acontece de fato - como aconteceu no último e único Festival Nacional de Teatro promovido no ex-governo estadual petista - é que praticamente apenas os artistas ficam sabendo dos festivais. Os festivais ficam parecendo mais jogadas políticas para ganhar status com a "classe" do que um compromisso verdadeiro com o público. Este, do centro e da periferia, fica quase que completamente alheio aos acontecimentos, perdendo a oportunidade de comparar a produção local - como no caso do Festival Nacional - e perceber que muito do nosso teatro não deve nada em contraste com a qualidade dos grupos convidados, como por exemplo, os dos grandes centros como SP. Quantas vezes não fiz essa pergunta para pessoas de cantos variados da cidade, da classe A, B ou C, durante esses festivais: "Você sabia que está ocorrendo um Festival de Teatro na cidade?", e a resposta: "Não... Quanto é?", ao que devolvia: "É de graça, pô!" O que evidencia uma triste dinâmica: a "classe" vai aos Festivais e leva os amigos mais próximos. No entanto, a dona Menina lá da Terra Firme que sonha em levar os netinhos ao teatro não sabe até hoje que por aqui existiram festivais. Prova de que o povo quer ir ao teatro foi a passagem dos SESI Bonecos pela cidade arrastando multidões mesmerizadas com um simples: entrada franca. É claro que o SESI investiu milhares e milhares de reais mas também não dá pra formar platéia pensando em avisar só o periquito e o papagaio da vizinha. Os festivais devem ter como missão fazer com que as cidades se apropriem da diversidade de suas produções e, sentindo-se orgulhosos delas, se lembrarem de que pode ser recompensador investir nos grupos locais. Sonho em um dia me surpreender com minha vizinha vendo o quanto eu me esforço na platéia de um festival. Mas ela só vai comparecer se visualizar um outdoor no seu bairro, ouvir no rádio ou ver na TV. Ou se eu avisar ela.

O intercâmbio entre os fazeres teatrais é o assunto do item 3.

3 - Quando vai nascer um crítico teatral nessa cidade?

É fato. Belém precisa urgentemente de críticos teatrais. Não precisa ter qualidade pra começar: que venham os toscos, os pedantes, os ignorantes, os trolladores, os cruéis, os desonestos, etc. A verdade é que eles precisam aparecer e colocar a produção local em debate. É só através do debate que a mesma crítica teatral vai se aperfeiçoar e realmente começar a beneficiar o trabalho dos artistas. É muito louvável a iniciativa do Orlando Simões do site Ponto Zero com o seu foco na semiótica dos textos. Contudo, a produção precisa refletir não só o trato com a dramaturgia, mas também os esforços da direção, a criatividade ou não dos técnicos, a insegurança dos atores, o equívoco das produções, etc. Eu me pergunto porque a Escola de Teatro da UFPA não forma críticos com tanto o que tem de teoria no currículo dos seus cursos. Nunca passou pela cabeça de nenhum egresso desta, ao perceber que apesar dos esforços para se encaixar como ator ou técnico, que poderia também mergulhar em estudos naquela biblioteca para se arriscar a escrever sobre o que vê nos palcos da cidade? Ou será que todo mundo nessa cidade só pensa em brilhar na ribalta? Servir ao teatro apaixonadamente pode comportar muito bem a atividade profissional de um crítico sem medo de pisar em ovos. Os grupos sérios com trabalhos coerentes merecem ser reconhecidos e os claudicantes merecem sim umas bordoadas. É a ausência de diversidade do debate intelectual que nos separa dos grandes centros muito mais do que o destino dos recursos públicos. No último Festival Territórios de Teatro, quando o Teatro do Ofício participou com o espetáculo "Uma Flor para Linda Flora" de Carlos Correia Santos, constatamos, surpresos e decepcionados, que não teria crítica teatral opinando. Foi um balde de água fria. Para mim, ao menos, foi um prazer incompleto, apesar da platéia maravilhosa, fazer um esforço do cão para não ter um só minuto de reflexão sobre o resultado de 2 anos de trabalho. Teve cachê mas saímos mais pobres do que entramos. Sonho em ter meu trabalho esculachado por um crítico em uma Belém que só tem sorrisos e tapinhas nas costas. O público, mais uma vez, perde a oportunidade de comparar o nosso trabalho graças ao provincialismo em se preservar mais o amor da "classe" do que a busca da perfeição. 

************

Longe de mim achar que tenho soluções e que sei o que é o certo para o Teatro feito em Belém. Também não tenho nenhuma militância teatral (no sentido reivindicatório da coisa) para me servir de atestado de autoridade. O que tenho é a minha lida com os problemas do palco como ator ou, mais recentemente, como produtor e diretor dos meus trabalhos no Teatro do Ofício.  É bom esclarecer que tudo o que eu opinar aqui também vale para mim. Tenho o ponto de vista do meu fazer teatral com alguns sucessos e um desfile infindável de fracassos maravilhosos que enriqueceram a minha alma e empobreceram os meus descendentes. Evoé.




27 de janeiro de 2012

Desabafo de um antigo militante estudantil

A Universidade Federal do Pará também é refém da mesma "democracia" estudantil que atrasa a USP e a maioria das universidades brasileiras.
Me chamo José Antônio Costa Filho , criado em um bairro de periferia de Belém trabalho deste os 14 anos, (por opção própria não necessidade) tenho 31 anos, não bebo ou fumo, sou católico praticante, branco, heterossexual, nascido em uma família estruturada de classe media baixa, onde tive uma infância confortável (não luxuosa) e feliz estudei em escolas particulares e me formei em Pedagogia, pela Universidade Federal do Pará.

Entrei no movimento politico estudantil ainda no ensino médio onde organizei o grêmio estudantil, e vi pela primeira vez como a UBES assim como a UNE é um feudo impenetrável do PC do B. Naquele ano ganhou em Belém um prefeito de esquerda, Edmilson Rodrigues (era do PT hoje do PSOL) e fiz parte de um grupo chamado JRC – Juventude Revolucionária Cabana, que a maior parte dos membros era do PT (na verdade o único que não militante era eu), lá tive contatos com as obras do Manifesto Comunista e me encantei pelas ideias e comecei a me aprofundar nos estudos, passei no Vestibular em 2002, na terceira tentativa, no curso de Pedagogia, pois eu achava (e ainda tenho fé nisso) que a educação é a chave do desenvolvimento.

Quando cheguei ao curso a universidade era REALMENTE sucateada, carteiras, janelas e ventiladores quebrados, alunos sem acesso aos poucos computadores , mato pro todo o lado e toda vez que chovia para sair da sala para o terminal de ônibus a agua barrenta batia na altura do joelho, e o meu curso estava sem centro acadêmico fazia dois anos, por brigas politicas internas.

Organizei o CA e fiz parte de duas gestões, após mobilizar os alunos o que chamou a atenção e apoio de militantes do PT e PSTU, o que me permitiu ir ao Fórum Social Mundial em Porto Alegre , fato que causou estranhamento pois eu era calouro  e de todo o movimento estudantil eu era o mais novo,  vi e ajudei a criação do PSOL no Pará, fui da Executiva Nacional de Pedagogia do Pará, e só não fui do DCE por que não quis.

Ao entrar na politica estava interessado em ajudar a resolver os problemas da universidade, porem acabei em atritos com meus “companheiros” por comportamentos que eu condenava, pois eu achava mais urgente resolver o problema das salas sucateadas a fazer protestos “Fora Bush e FMI” e que eu achava que a prioridade seria estruturar a sala do CA com a compra de um computador e não gastar o dinheiro de três meses de aluguel da xerox (esse aluguel é que patrocina o movimento estudantil na UFPA) para produzir panfletos onde o Babá do PSOL ataca o Bush (fiquei MUITO chateado com isso , porem eu era voto vencido), por essas e outras eu era chamado (pelas costas) de “burguesinho religioso” apelido esse que ganhou força após eu impedir um “protesto” de alguns militantes contra a Igreja Católica, motivada pelo fato de uma Freira (Irmã Lenise) havia passado no vestibular e  o alvo da “manifestação” era ela.

 Percebi depois de um tempo que muitos militantes eram “estudantes profissionais”  que estavam nas universidades mais para marcar os territórios políticos do que para estudar (sendo que alguns recebiam para isso). Ajudei na eleição da chapa Removendo as Múmias para a Executiva Nacional de Pedagogia  na UEPA, fato esse que me arrependo profundamente, pois retirei uma múmia para por outra, eles se elegeram logo após a minha eleição, eu fiquei no poder por exatos um ano e dois meses , e só fiquei dois meses a mais por causa de uma greve que impossibilitou o pleito , já a chapa da UEPA ficou uns dois ou três anos no cargo ( na verdade nem sei se eles saíram), fato comum que percebi na minha experiência na politica estudantil , foi a RECUSA de alguns em sair de cargos por eles ocupados.

Fui eleito para a Executiva Nacional de Pedagogia, porem só pude exercer depois de quase três messes, pois a antiga gestão se recusava a entregar a chave da sala e qualquer documentação, só após ameaçar ir em sala por sala relatar o ocorrido além chamar um chaveiro é que entregaram a sala e o  cargo . Esse cargo, exerci sozinho, o que, apesar da Executiva não ter fonte alguma de renda, me deu liberdade administrativa, recebi a sala suja, com teias de aranha e nem carimbo ou livro ata ela tinha, isso eu ia mudar, nessa época devido a proporcionalidade o CA de pedagogia ficou dividido em dois de um lado PCdoB do outro PSOL e PSTU, a briga entre os dois acabou por fazer que o CA ficasse inoperante por todo o mandado fazendo que eu assumisse também o papel do CA na representatividade estudantil.

Na época ia acontecer o Encontro Paraense de Pedagogia e eu tinha que organizar SEM APOIO OU PATROCÍNIO DE NINGUÉM, pois o CA estava em guerra (o único consenso deles era em me atacar) e o Centro de Educação não queria se meter , tentei apoio da SINTUFPA que me prometeu R$200,00 de apoio , porem guando a presidente do sindicado (minha professora) soube que eu ia cobrar os “abusivos” R$15,00 de inscrição sem alimentação e R$35,00 com alimentação (café, almoço e jantar) nos CINCO dias do evento (que ofereceu oficinas, palestras, mesas redondas, seguranças 24horas contratados, serviço de enfermaria, duas noites de festa, hospedagem a todos os inscritos mais bolsa do evento em tecido, copo plástico , caneta e lápis) mandou cortar o apoio , pois com essa cobrança eu estava PRIVATIZANDO A UNIVERSIDADE.

Alguém me explica como se organiza um evento para cerca de 1000 pessoas sem verba alguma?

Fui em sala em sala e consegui que os alunos me ajudassem na organização do evento, o único grupo politico que me ajudou na organização foi o PSTU, logo no começo das reuniões de organização do evento  foi decidido que SE sobrasse alguma verba do evento era seria usada para a estruturação da sala da executiva, a possibilidade de conseguirmos realizar o evento era pequena, imagina sobrar verba!

Batendo em porta em porta conseguindo apoio de empresas que nem fizeram questão de serem mencionadas e gerindo com mão de ferro a verbas das inscrições, por um milagre sobrou EXATAMENTE R$1700,00, ou seja, a verba para estruturar a sala, nessa época o PSTU estava organizando um ônibus pra ir protestar em Brasília contra o Lula (a manifestação que subiram a esplanada e quebraram os vidros) faltava verba para isso e ao saberem do valor os outros membros da organização que por COINCIDENCIA eram do PSTU me ligam numa terça feira as duas da tarde, marcando uma reunião para quarta feira as cinco horas da tarde para “dar uma nova destinação adequada para a verba do evento” , nesse momento deliguei o telefone, pus uma camisa, peguei o dinheiro e ainda nessa tarde comprei uma ar condicionado e um computador usados, uma caixa de som , um  microfone profissional, uma maquina fotográfica, um caderno de ata , uma almofada de carimbo, tinta de impressora e um carimbo. No outro dia ao chegarem na sala e ao se depararem com o que eu tinha comprado, perguntaram o que eu tinha feito com o dinheiro, mostrei as notas , que provavam o gasto de R$1500,00 e disse que os R$200,00 que havia sobrado teriam o seguinte destino, R$50,00 para bancar a eleição dos meus sucessores e R$150,00 seria para eles poderem gerir a sala. Fui acusado aos berros de golpista, que eu não podia ter feito isso, que o dinheiro ia ser usado para bancar o ônibus, me limitei a lembra-los que na PRIMEIRA REUNIÃO (registrada em ata) o destino do dinheiro era EQUIPAR A SALA, e, se eu utilizei o dinheiro INOCENTEMENTE ANTES de uma nova reunião, que ia dar OUTRO destino ao dinheiro eu não podia fazer nada.

Ao realizar a eleição que ia me suceder percebi que eu AINDA era o membro mais novo no movimento estudantil e eu estava no meu ultimo ano prestes a me formar, me recusei a fazer parte de um novo pleito, pois na minha cabeça era hora de ajudar a formar novas lideranças, formei discretamente uma chapa composta SOMENTE por estudantes que não faziam parte do movimento e não eram ligados a partido politico nenhum com o intuído de formar uma chapa POLITICA não POLITIQUEIRA, eles se inscreveram no ultimo dia para formar chapas, para a surpresa de outros grupos políticos que achavam até que alguns membros desta gestão iria fazer parte da chapa deles ,o único grupo que consegui formar uma chapa foi o PCdoB , que foi derrotado de forma esmagadora surgindo assim um CA (do qual eu não era parte) que conseguiu reestruturar o CA de pedagogia.

Quando sai da Executiva Nacional de Pedagogia escutei dos alunos que me apoiavam uma aposta sobre o que iria “desaparecer” primeiro da sala após a minha saída, eu brincando, falei que primeiro seria a maquina fotográfica e por ultimo a caixa de som, depois de formado, um dia desses fui ao CA e descobri que a caixa de som havia sido perdida em um encontro que ocorrera semanas antes, e que ninguém sabia onde andava a chave da sala da executiva.

Apesar da militância que fiz, de ter me formado no tempo certo e ter sido bolsista de projeto de pesquisa (LACOR), fui atacado varias vezes, não por má administração, mas pela minha opção sexual, cor, religião e valores que me faziam membros da “elite”, e não um dos excluídos, devendo eu me calar e aceitar calado insultos, por eu defender com unhas e dentes certos valores e preceitos.

Pergunto-me porque as pessoas não vêm à diferença de FASCISMO DE ESQUERDA COM FASCISMO DE DIREITA, porque se a imprensa que mostra os erros do governo é MÍDIA REVOLUCIONÁRIA e se a esquerda sobe ao poder e a imprensa mostra seus erros vira IMPRENSA GOLPISTA, se você é agredido é ATAQUE COVARDE se você agride É REVOLTA POPULAR. Certo sei que a democracia é uma merda por vários fatores, MAIS NÃO INVENTARAM NADA MELHOR, representar os outros é OUVIR A VONTADE E ANSEIOS DA MAIORIA DO POVO QUE REPRESENTA, RESPEITANDO A MINORIA e não impor a VONTADE DE UMA MINORIA.

  Despeço-me deste relato com um pedido, continuem lutando por seus direitos, exijam melhorias para você e todos aqueles que iras representar, sejam democráticos, éticos e políticos, não com uma politica velha e ultrapassada mais de uma nova em que você ajudará a criar.

SAUDAÇÕES A TODOS.

26 de janeiro de 2012

O dia em que trollamos o Fórum Social Mundial

Foi mais ou menos nesta época do ano que meu conterrâneo #anticamarada Leonardo Bruno (o famoso Conde) e eu decidimos pegar uma câmera MP4 de procedência chinesa que estava encostada em casa para fazer algo que até então era impensável até para dois reaças irritantes: trollar o Fórum Social Mundial!

O FSM usou as dependências da Universidade Federal do Pará e da Universidade Rural da Amazônia, dois campus imensos de natureza exuberante às margens do rio que banha a cidade, para realizar seu experimento woodstock-leninista. O evento festivo da esquerda smartphone-prafentex-quesóquerummundomelhorparatodosnósóbaby escolheu a época mais chuvosa em Belém para armar sua barracas. O mais desgraçado/engraçado foi ver toda a rede de hotelaria da cidade se preparar para o tão esperado evento e amargar prejuízo enquanto o que todos nós sabemos é que quem frequenta o Bono Vox Pobre Festival é aquela esquerda mais farofa coletiva e com muita liberdade pra dentro da cabeça.

A cidade parou pra ver aquele exército de señoritos satisfechos de todas as partes do mundo gritando que um "mundo melhor era possível" ao mesmo tempo em que não faziam outra coisa a não ser movimentar o mercado do tráfico local e consumir bebida alcoólica aos montes (esse "mundo melhor" já temos aqui faz tempo e se chama Praça da República). Claro que o beautiful people da cidade de Belém ficou todo assanhado com atrações imperdíveis como Hugo Chávez, um representante do Hamas, Emir Sader, Dilma Roussef e bandas mega-fofinhas e engajadas.

Partimos rumo ao Fórum. No bolso a bendita câmera de procedência chinesa pronta a nos ajudar a trair o socialismo internacional. Ali, na Disneylândia que Stalin sonhou para todas as crianças do mundo, acabamos tomando coragem e, com as bençãos de Nossa Senhora de Nazaré, fizemos uma série de vídeos amadores aos quais destaco e comento:

CONDE E O VELÓRIO DO CAPITALISMO
Era um velório alegórico da morte do capitalismo. Conde e eu nos divertimos com o tiozinho da imagem-frame abaixo. A explicação dele para a morte do capitalismo deveria virar emoticon, meme, ir para o Programa da Eliana ou coisa parecida.... Não percam!




CONDE AJUDA A SALVAR O POVO CUBANO

Estávamos mortos de fome e decidimos comer comida cubana na Tenda dos 50 anos da Revolução. Adivinhem? Não tinha comida. E provavelmente também não teria papel higiênico no caso de uma emergência rabial. Não deixem de conferir:



CONDE APLICA TESTE DE Q.I

Como comunista não lê nem Karl Marx decidimos levar ao conhecimento deles mais um autor "marxista" para eles fingirem que entendem o que não entendem e não entendem o que entendem muito bem: Ludwig von Mises. Como bovinos eleitores do PT que eles são vocês devem imaginar o resultado...



Os comunas e pessoas legais que ficarem chateados com esse post podem se sentir vingados pois o amigo Conde até passou mal e quase morreu de tanto rir.